De acordo com a Automotive News Europe (por subscrição), a parceria entre a Leapmotor e a Stellantis poderá ir além do investimento de 1.5 mil milhões de dólares do grupo liderado por Carlos Tavares na marca chinesa (para deter 21%), estando em cima da mesa a produção de automóveis elétricos da Leapmotor na fábrica de Mirafiori, naquela que seria uma forma de manter viva aquela história infraestrutura italiana.
A mesma informação aponta que, caso o plano se concretize, a Leapmotor poderia produzir cerca de 150 mil automóveis por ano em Mirafiori, mantendo assim a sua capacidade laboral e satisfazendo os sindicatos locais, a partir de 2026 ou 2027. Uma das diretrizes deste plano passaria por evitar eventuais taxas suplementares que a União Europeia (UE) possa vir a impor a automóveis produzidos na China ao abrigo de uma investigação atualmente em curso pela Comissão Europeia (CE).
Esta possibilidade já tinha sido, de certa forma, acautelada aquando do anúncio oficial desta parceria, no passado mês de outubro, tendo sido referido, então, que “o acordo prevê também a criação da Leapmotor International, uma joint venture liderada pela Stellantis (51%/49%) que tem direitos exclusivos para a exportação e venda, bem como para o fabrico, de produtos Leapmotor fora da ‘Grande China’”.
Com a possibilidade de a CE impor taxas ou impostos suplementares sobre automóveis oriundos da China, a produção destes veículos em solo europeu ganharia outra relevância, enquanto a Stellantis poderia ver um duplo benefício com a possibilidade de manter algumas fábricas históricas, como a de Mirafiori, em atividade. A este respeito, note-se que a fábrica de Mirafiori é a mais antiga do mundo ainda em funcionamento, datando da década de 1930.
Em 2019, foi anunciado um plano profundo de renovação que passava pela atualização tecnológica para a produção de automóveis elétricos, sendo ali produzidos atualmente o Maserati Levante e o novo Fiat 500e.
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