A Zastava era uma modesta marca de automóveis da ex-Jugoslávia. Produzia o Yugo 45 (o nome do próprio país onde foi produzido, a Yugoslávia), sob licença da Fiat, no início da década de 80, com base nas linhas e na mecânica do Fiat 128, para efeitos de exportação.
Com linhas muito simples e carroçaria compacta de dois volumes e com três portas, o Yugo pesava apenas cerca de 800 Kg, mas nem por isso o seu motor de 900 cc era especialmente despachado. A marca anuncia 135 Km/h de velocidade máxima, mas o simpático modelo precisava de cerca de 30 segundos para chegar de 0 a 100 Km/h. A qualidade de construção também não impressionava. Estava dirigido a consumidores com fraco poder de compra que não abdicavam de ter carro novo. E, em muitos dos cerca de 70 países o carro da modesta Zastava não escapava ao epíteto de pior automóvel de sempre.
Mas não para Jim McKamey, que vê no seu Yugo de 1986 potencial muito maior. Tanto mais que o transformou num automóvel brutal com 900 cv, retirando o pequenito motor original, que substituiu não por um, mas por dois motores V8 de 8,2 litros do Cadillac Eldorado, um colocado à frente e outro atrás dos dois bancos dianteiros…
De acordo com o criador, foram operados cirúrgicos trabalhos de reforço em todas as secções vitais da chassis, apenas para conseguir lidar com a força mecânica de um grupo propulsor com 16 cilindros, o mesmo de um Bugatti Chiron.
O trabalho de engenharia também não foi simples, já que foi necessário garantir que transmissão e carburadores dos dois blocos funcionassem como um todo e aumentar a carroçaria em comprimento e largura. Só em altura este Yugo especial de corridas perdeu centímetros.Com tanta potência à disposição, as ligações ao solo foram outro ponto sensível. Depois de adaptar umas jantes cromadas do Chevrolet Corvette, Jim McKamey instalou uma suspensão construída à medida com a ajuda da Ridetech, além de um novo sistema de travagem.
Aos interessados: o Yugo mais potente da história está à venda no Marketplace, no Facebook, por 22.700 euros.
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