As vendas de automóveis novos na Europa caíram 12% na União Europeia no mês de novembro de 2020, em comparação com o mesmo mês de 2019, num efeito claro do aperto das restrições por causa da segunda vaga da pandemia em muitos dos países europeus.
De acordo com os dados divulgados pela Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA), as medidas de restrição para o comércio não essencial e também para a liberdade de movimentos dos cidadãos em muitos dos países resultou numa quebra nas vendas de automóveis novos, com 897.692 unidades matriculadas na UE em novembro de 2020 contra os 1.02 milhões de veículos vendidos em igual período do ano passado. Contabilizando os países da UE e da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), a quebra foi de 13,5%, para um total de 1.05 milhões de veículos vendidos.
Em Portugal, a quebra foi de 27,9% em termos homólogos, enquanto o país que mais caiu foi a Bulgária (menos 45,2%), embora seja um mercado com pouca expressão. Já dos quatro grandes mercados (Alemanha, França, Itália e Espanha), o alemão foi o que menos sofreu, com uma variação negativa de apenas 3%.
No cômputo do ano, de janeiro a novembro, a quebra na União Europeia é de 25,5%, com um total de 8.911.131 unidades vendidas este ano em comparação com os 11.963.059 automóveis vendidos em igual período de 2019. Juntando aqui o EFTA e o Reino Unido, a quebra foi de 26,1%, refletindo de forma significativa o impacto da pandemia de Covid-19. Portugal é dos países que mais cai neste exercício, sendo precisamente o segundo mercado que mais cai (ex-aequo com a Bulgária), ficando apenas atrás da Bulgária (-42,4%).
No mercado dos veículos de passageiros no conjunto da Europa, EFTA e Reino Unido, todos os grupos obtiveram resultados negativos de vendas (mas nem todas as marcas), com as vendas do Grupo Volkswagen a caírem 14,1% no total (SEAT e Volkswagen são das que mais caem, 24,6% e 18,6%, respetivamente), enquanto as do Grupo PSA caem 12% em novembro de 2021. Os registos no Grupo Renault também caem 14,2% em novembro.
No resultado global de 2020, quando faltam apenas uns dias para o fecho de ‘contas’ relativas a este ano, há uma tendência negativa dominante nas vendas de janeiro a novembro. O Grupo Volkswagen perde 24,1%, o Grupo PSA perde 32,5% e o Grupo Renault perde 26,7%.
Nas marcas premium, o Grupo BMW está à frente da Daimler, muito por obra da prestação da MINI face à queda acentuada da smart (que tem uma quebra de 77% entre 2019 e 2020, primeiro ano em que apenas vendeu elétricos). Porém, a Mercedes-Benz (668.055 unidades) está à frente da BMW (603.041 veículos), enquanto a Audi (546.194 unidades) é terceira,