M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Itália e veículos de duas rodas são quase sinónimos, com as famosas Vespa e Lambretta, criadas pela Piaggio e Innocenti, respetivamente, a serem dois dos mais famosos motociclos do mundo, tendo dado origem ao segmento das scooters, gerando dezenas de imitadores por todo o mundo. Marcas desportivas como a Aprilia, Ducatti e Moto Guzzi também inscreveram o seu lugar na história do motociclismo. Mas há uma marca que não é tão conhecido por fazer motos: a Maserati.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Maserati é uma das mais antigas e mais famosas de automóveis desportivos e luxuosos, e embora tenha passado por algumas fases menos boas na sua história, ainda hoje sobrevive, associada a nomes que outrora eram rivais, como a Ferrari e Alfa Romeo. Numa fase em que a família industrial Orsi era a sua proprietária, passou por um breve período em que também construía motos.

Após a Segunda Guerra Mundial, Adolfo Orsi colocou a sua irmã Ida no comando da FCAM, divisão de peças do grupo italiano. Com esta divisão longe dos lucros, Ida optou por diversificar a oferta e adquiriu um pequeno construtor italiano de motociclos, a Italmoto. Depois da autorização do conselho de administração, as motos passaram a usar o logótipo da principal marca do portefólio do grupo Orsi, a Maserati, a partir de 1953.

A primeira moto foi uma 125 a dois tempos, com 5 cv de potência do propulsor de origem alemã DKW, mas logo recebeu a companhia de uma 160 a quatro tempos, com 8 cv. O sucesso surgiu rapidamente e a FCAM regressou às lucros, chegando até a exportar as suas motos Maserati para o resto da Europa e para outros continentes. Pelo caminho, chegou a produzir uma 250 com topo de gama, bem como uma gama de modelos de 50 cc.

No entanto, o sucesso fugiu tão rapidamente como surgiu. O projeto da Italmoto nunca foi muito inovador, e em 1960 as motos Maserati começaram a ter problemas em impor-se no país de origem face à concorrência da Morini, MV Agusta e Benelli. Assim, antes de começar a perder dinheiro, Ida Orsi optou por fechar a divisão enquanto as suas motos ainda eram populares.

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