Já muito rolou acerca da lendária Harley-Davidson Fat Boy. Desde o começo da sua produção, em 1990, dois anos após ter sido revelada na Bike Week de Daytona, que pontua na história da Harley-Davidson como um dos modelos com maior número de fãs. Estatuto esse também partilhado na cronologia do cinema, aparecendo com especial destaque no filme ‘Exterminador Implacável 2’, em 1991.

Assentes no modelo desenhado pelo próprio Willie G. Davidson, as linhas musculadas da Fat Boy não deixam ninguém indiferente. Assim o é até hoje. Confortável e com posição de condução descontraída, neste design em particular destacam-se os pneus de grandes dimensões: o dianteiro com a maior medida de sempre disponibilizada de série pela Harley-Davidson; enquanto na roda traseira encontramos um 240mm imponente, por vezes em demasia quando pretendemos curvar e o mesmo teima em querer pôr-nos em linha.

Conduzi-la com destreza requer, pois, alguma habituação, mas ao fim de não muito tempo já nos sentimos confiantes para desfrutar em pleno do que tem de melhor: o motor Milwaukee-Eight 107, ou, no caso, o Milwaukee-Eight 114. Um colosso de binário, com uma aceleração brutal, sem prejuízo de, em simultâneo, nos permitir passear suavemente em sexta velocidade, de preferência por estradas com poucas irregularidades.

Contando com uma suspensão ajustável e potência sempre ao dispor, ainda não foi nesta nova versão que a Fat Boy viu duplicar o número de discos de travão na roda dianteira. Esteticamente, talvez a tornasse menos apelativa, mas mesmo dispondo de sistema ABS justificar-se-ia o aumento de poder de travagem.

A Fat Boy continua a manter o estilo de jantes que lhe é tão característico, desta feita na medida de 18 polegadas, e, pela primeira vez, brinda-nos com um novíssimo farol de tecnologia LED. De construção sólida, robusta, não cortando com o tradicional cromado típico da marca, tem agora acabamentos em alumínio acetinado que a tornam ainda mais exclusiva.

Feroz sim… mas pouco, também! Isto porque apesar de o look induzir a ideia de que com tamanha aparência vai fazer de nós vítimas de bullying, depressa nos rendemos e, caso não o fôssemos já, convertemos em mais um fã da mítica Fat Boy.

Aliás, o sorriso na cara não deixa margem para dúvidas: a Fat Boy é capaz de fazer sorrir até o mais sisudo Arnold Schwarzenegger. ‘She will be back’… esperemos que sempre!

Texto e fotografias de Mário Ribeiro

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