Mário Patrão no ‘lugar mágico’ com a KTM para o Dakar 2019

27/12/2018

Naturalmente cauteloso e expectante quanto à perspetiva de enfrentar uma edição do Dakar em território sul-americano unicamente disputado no Perú e com muita areia no percurso. Eis como Mário Patrão se define a poucos dias de rumar para a América do Sul.

O piloto tem, no entanto, a seu favor a integração na estrutura oficial da KTM para o Dakar 2019, competindo aos comandos de uma KTM450 Rally, reconhecendo a responsabilidade por essa posição, mas também vendo-lhe reconhecido o seu valor competitivo.

Apresentando as suas cores para a edição de 2019 do Dakar na sede da Caixa Agrícola, em Lisboa, Mário Patrão sabe que estar na equipa oficial da KTM atribui “algumas responsabilidades mas se me foram buscar é porque me reconhecem valor para a equipa. A minha missão é ajudar a equipa a ganhar o Dakar. Estou num lugar que é mágico, um sonho, e que tem um custo de cerca de 300 mil euros por ano. Estou com condições que são muito boas e que seriam difíceis de obter sozinho. Consegui ter os meus patrocinadores bem visíveis na moto e espero ser uma mais-valia para a KTM”.

Quanto ao perfil da prova para 2019, sabendo que existe “quase 70% de areia”, o motard luso espera uma “prova muito difícil, sendo muito importante que exista um bom trabalho de gestão de esforço, já que não importa ter um resultado muito bom em duas ou três especiais e o resto mau”. Outra especificidade deste Dakar foi o desafio da organização de montar aquilo a que Patrão deu o nome de etapas em ‘flor’, “em que há percursos que vão ser repetidos e que vamos encontrar mais destruídos com a passagem dos concorrentes, o que será outro desafio”.

“Não estou em crer que por serem menos dias de competição que a corrida seja menos dura porque acredito que o objetivo da organização seja que os pilotos se mantenham em corrida. Acredito que a exigência se mantém elevada e vão continuar a ser muitas horas em cima da mota, muitas vezes em condições extremas e a necessidade de superação vai fazer-se sentir algumas vezes”, afirma, assumindo-se “consciente das dificuldades, mas também ciente do que está a fazer, preparado para ajudar os colegas da KTM a conseguirem levantar a taça”.

Ausente da edição deste ano por lesão, o motard de Seia admite que parte para o Perú com um “bom estado de espírito, um pouco nervoso e receoso, porque há mais areia, mas vou mais forte e creio que os resultados vão aparecer. Trabalhámos para obter o melhor resultado possível”, adiantou ainda o piloto.

Em 2016, Mário Patrão conquistou a classe maratona num Rali Dakar que completou no 13º lugar absoluto, pelo que melhorar essa classificação, “como um top 10, seria ótimo, mas atendendo ao perfil da prova será difícil, pelo que um lugar entre os 20 primeiros é possível e entre os 15 primeiros será muito bom”.

A título de curiosidade, a KTM venceu a prova nas últimas 17 edições. Para Mário Patrão, esta será a sua sexta participação na prova sul-americana que, de 6 a 17 de janeiro, se disputa integralmente no Peru.

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