As inspeções periódicas obrigatórias às motos a partir de 125 cc já não vão avançar a 1 de janeiro de 2022, como se chegou a prever, devido à dissolução da Assembleia da República por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, fazendo assim com que o enquadramento legal para as inspeções tenha sido interrompido.

As inspeções aos motociclos de cilindrada superior aos 125 cc deveria avançar já a 1 de janeiro de 2022, como foi anunciado pelo Governo de António Costa no passado mês de setembro, mas a dissolução do Parlamento e, consequentemente, do executivo, levou a que o decreto-lei em trabalho pelos deputados, bem como a própria portaria de regulamentação das inspeções, tenham sido abandonados.

Esta notícia vem ao encontro dos apelos dos motociclistas, que reagiram negativamente ao anúncio de que teriam de sujeitar as máquinas de duas rodas também a inspeções periódicas obrigatórias, como sucede com os automóveis.

Polémica, a medida anunciada pelo Governo rapidamente foi contestada de forma visível nas estradas, havendo mesmo manifestações públicas para tentar reverter a decisão de obrigar as motos a visitarem os centros de inspeção a partir de 1 de janeiro de 2022. Os motociclistas e os seus grupos associados defendem que esta medida é puramente económica e escudam-se em estudos que defendem que as IPO não trazem maior segurança rodoviária, argumento que era precisamente o defendido pelo Governo para tornar obrigatórias as inspeções às motos.