A União Europeia (UE) aprovou a extensão até 31 de dezembro de 2026 das tarifas aduaneiras que deveriam entrar em vigor a partir de janeiro para os veículos elétricos importados ou exportados do Reino Unido.
O assunto em questão prende-se com a imposição de uma taxa aduaneira de 10% sobre os veículos elétricos comercializados através do Canal da Mancha, implementada após o Brexit.
Esta decisão agora carece de ratificação no Conselho de Parceria, que regula o Acordo de Comércio e Cooperação entre a UE e o Reino Unido.
As chamadas “regras de origem” do Acordo de Comércio e Cooperação (ACC) pós-Brexit, estabelecido entre Londres e Bruxelas após a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), preveem tarifas sobre veículos elétricos comercializados entre Londres e os Estados-membros, desde que estes não possuam 45% dos seus componentes e 60% das baterias provenientes das respetivas regiões.Estas tarifas aplicar-se-iam em ambas as direções, tanto para os veículos exportados da UE para o Reino Unido quanto do Reino Unido para os 27 países membros, levando a indústria automóvel europeia e britânica a expressar preocupações sobre o seu impacto económico.
A UE mantém-se como o principal mercado para os fabricantes britânicos de automóveis, sendo o Reino Unido o segundo maior destino das exportações de automóveis europeus, ficando atrás apenas dos EUA.
A EXTENSÃO DAS REGRAS ATUAIS FOI PROPOSTA PELA COMISSÃO EM 6 DE DEZEMBRO DE 2023.
Entendeu-se que a indústria das baterias não poderia arrancar tão rapidamente quanto esperado, devido à conjuntura internacional (a agressão bélica da Rússia contra a Ucrânia, o impacto da COVID-19 no abastecimento das cadeias de abastecimento e a concorrência de outras latitudes), o que tornou mais difícil para os fabricantes europeus de veículos elétricos cumprir as regras de origem do Acordo de Comércio e Cooperação.