Alfa Romeo Giulia GTA: Una bella macchina

23/03/2024

Em 1962, é apresentado o Giulia, para ocupar o lugar do Giulietta na gama Alfa Romeo, preparando-se o lançamento duma versão Sprint, ou seja, uma versão coupé. O Giulia Sprint é apresentado no ano seguinte, e como não podia deixar de ser, as linhas do novo coupé, desenhadas pelo jovem Giugiaro, seduzem logo a imprensa e o público em geral. Simples, equilibradas e duma elegância inegável. Uma bella macchina!

Mas a Alfa Romeo tinha projectos para o Giulia, nomeadamente nas pistas. Assim, a marca de Milão propõe uma versão mais desportiva que deverá servir de base para a versão de competição realizada pela Autodelta, o departamento desportivo da marca. Graças a um novo carburador Weber e uma optimização da admissão, o motor de 1570 cm3 passa de 106 para 115 cavalos, atingindo mesmo os 175 cavalos nas versões de corrida. O ganho de potência é complementado por uma significativa perda de peso, em cerca de 200 quilos, graças ao uso de materiais mais leves e um equipamento mais reduzido, dando assim origem ao nome: ao GT inicial, acrescenta-se a letra “A” de “Alleggerita”, ou seja, mais leve. Se fosse inglesa era “lightweight”. Felizmente, é italiana e é “Alleggerita! A língua italiana combina tão bem com a paixão automóvel…

Mas o GTAlleggerita não conquista apenas o olhar! Colocada a benzina e atingidas as temperaturas ideais, a macchina da Alfa Romeo conquista também o pé direito (e os ouvidos!) do seu condutor graças a um motor disponível em qualquer altura e um comportamento na estrada bastante eficaz, com pneus de 14 polegadas (15 para o GT normal). O GTAlleggerita deixa qualquer um… allegrissimo!!

É lançada ainda a versão GTA SA (Sovra Alimentata), com dois compressores que permitem ao Giulia Sprint atingir os 220 cavalos. Construído em cerca de dez exemplares, participa em várias provas do Grupo 5 entre 1967 e em 1968, ano em que se junta o GTA derivado da versão 1300 Junior, com 96 cavalos.

Em 1970 é lançada a versão 1750 GTAm, derivada da versão americana do 1750 GTV (com injecção Spica em vez de carburadores duplos). Uma versão ainda mais potente, mais larga, mais tudo, ou, como dizem os italianos, “maggiorata”! O quatro cilindros já chega aos 200 cavalos, e até aos 240 cavalos na versão 2000 GTAm lançada no ano seguinte.

Mas não esqueçamos que o ADN do GTA é a competição. Se a estreia nas pistas, em Abril de 1965 nos 1000 km de Monza, é um fiasco para os dois automóveis em prova (abandono para um, último lugar para o outro) as corridas seguintes já serão outra história, sobretudo a partir de 1966, graças a alterações no regulamento que colocam concorrentes, como o Porsche 911 (de dois litros), noutra categoria. Assim, nas 4 horas do Jolly Club em Monza, prova do campeonato Europeu de Turismo, as sete primeiras posições são monopolizadas pelos GTA. No fim da época, a Alfa Romeo torna-se campeã europeia à frente da Ford e BMC. Nas épocas seguintes, o GTA vence em vários campeonatos europeus e nacionais (Itália, Alemanha, Bélgica,…) às mãos de pilotos como Andrea de Adamich ou ainda Jochen Rindt, nas categorias 1300, 1600 e 2000 cm3.

Hoje em dia, o fascínio pelo Giulia GTA está intacto. O entusiasmo provocado pelas criações dos ingleses da Alfaholics são prova disso. E de facto, o GTA tem tudo para nos transformar em Alfaólicos!