Aston Martin DBS de 1971 foi encontrado num barracão abandonado, onde acumulava pó há mais de quatro décadas.
Entre colecionadores, o termo “barn find” serve para designar a descoberta de um veículo clássico original esquecido durante décadas num celeiro. O tipo de achado que é o grande sonho de qualquer fã de automóveis antigos. E tão raro que, sempre que acontece, a notícia rapidamente se espalha. Foi o caso deste Aston Martin DBS de 1971 que os responsáveis da Classic Motor Cars (CMC) viram chegar às suas oficinas nos arredores de Bridgnorth, Shropshire, Inglaterra.
Após o falecimento do anterior proprietário, o seu irmão contactou a empresa de restauros para perceber se teriam algum interesse em adquirir o desportivo que ficara esquecido, desde o final da década 70, num velho barracão da família.
Resultado: mesmo coberto de pó e infestado de ratos e insetos de toda espécie, o bólide não demorou a arranjar novo dono, tendo sido comprado por um colecionador anónimo que imediatamente reconheceu o seu potencial histórico. Este exemplar é um dos 180 DBS V8 com caixa manual fabricados pela Aston Martin entre 1969 e 1972, mantido com todas as peças e componentes de origem e marcando no painel de instrumentos menos de 60 mil quilómetros percorridos.
Apesar de muito sujo, a maioria dos painéis da carroçaria encontravam-se em bom estado, o mesmo sucedendo com a pintura de fábrica. De acordo com os técnicos da CMC, o modelo necessitou apenas de uma limpeza a fundo (duas vezes… ) e polimento, encontrando-se agora na fase final de acabamentos. A mecânica conserva o sistema de injeção mecânica Bosch que trazia de série, enquanto o bloco de 8 cilindros, a debitar 324 cv, será reconstruído para assegurar o seu correto funcionamento e durabilidade. De acordo com Nigel Woodward, director da CMC, o DBS V8 foi o último Aston Martin produzido sob chancela de Sir David Brown, considerado na época o coupé de quatro lugares de fábrica mais rápido do mundo.