Estudo revela que a confiança nos sistemas de condução autónoma está a aumentar; asiáticos são os mais recetivos.
Numa pesquisa elaborada pela ANSYS, empresa especializada na área da condução ‘autopilotada’, indica que 71% dos potenciais utilizadores de automóveis autónomos no mundo acreditam que este tipo de veículos terão melhores desempenhos no trânsito do que os humanos.
O inquérito realizado a mais de 22 mil pessoas, de 11 países diferentes, com o objetivo principal de medir a perceção global futuros clientes deste tipo de tecnologia, aferindo as reais expectativas em torno de tecnologia que dá os primeiros passos, revela que os japoneses mostram níveis de confiança acima da média: 83% dos inquiridos naquele país asiático acreditam que, dentro de 10 anos, os veículos autónomos serão melhores “condutores” do que a generalidade dos automobilistas de carne e osso; 38% consideram mesmo que esse estágio de desenvolvimento já foi alcançado!
Mais de 70% dos participantes neste estudo, com idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos, indicou mesmo que se sentiria mais cómodo a viajar num automóvel autónomo. Enquanto 43% dos entrevistados com idades acima dos 65% afirmou que nunca viajariam num veículo sem condutor.
Os mais recetivos são os indianos, com 97% de respostas afirmativas sobre a possibilidade de testarem a tecnologia. Ao contrário, só 57% dos inquiridos no Reino Unido responderam que se sentiriam cómodos a viajar num carro autónomo.
As falhas técnicas continuam a ser a maior fonte de desconfiança para 57% dos potenciais utilizadores; 24% confia que serão os fabricantes ditos ‘premium’ que vão oferecer uma experiência de condução autónoma mais segura, seguidas das empresas de tecnologias que de alguma forma possam vir a competir neste segmento. As marcas generalistas só merecem a confiança de 16% dos inquiridos a nível global.
Em análise a estes dados, Sam Abuelsamid, o principal analista de investigação da Navigant Research, afirmou que a «condução autónoma tem sido um sonho de engenheiros e viajantes desde a década de 50, mas o hardware e o software necessários para que fosse uma realidade prática só atingiu um nível de maturidade suficientemente avançado nos últimos dez anos. Para que a condução autónoma se converta numa realidade comercial em que as pessoas confiam como forma segura de transporte, os consumidores têm de estar convencidos de que os algoritmos podem conduzir um carro de forma mais segura do que os humanos. Isto requer quantidades enormes de provas e simulações…».