A britânica Berkeley Cars, fundada em 1956, foi fruto da colaboração entre o designer Lawrence Bond e a Berkeley Coachworks, empresa de Charles Panter, que era na época o maior construtor de caravanas em toda a Europa, especializada em técnicas de produção em fibra de vidro, o material utilizado na conceção do primeiro automóvel da marca, o SA322.
O último modelo da Berkeley, apenas quatro anos depois da fundação, foi o Bandit, um roadster equipado com motor de quatro cilindros, de conceção ultraleve, cujo principal trunfo seria o seu posicionamento de preço muito acessível para a época. Contudo, o simpático modelo (de que se produziram só dois protótipos), não viu a luz do dia…
Até agora!
Pela mão do designer industrial Martin Rees e de Simon Scleater, engenheiro na área da competição automóvel, a Berkeley Coachworks regressará à ação em 2021, com interpretação moderna do Bandit.
Anunciado nas versões roadster e coupé, com motor de origem Ford 2.3 Ecoboost com 406 cv associado a uma caixa manual de seis velocidades, apresentará um chassis construído em materiais compósitos à base de plantas, usando linho em vez de fibra de carbono e resinas de árvores em vez das resinas comuns de origem química.
Mantendo a receita original de baixo peso (a marca anuncia cerca de 700 kg para o roadster), o novo Bandit acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e será lançado em edição limitada a apenas 60 unidades, por preço que rondará os 40 mil euros.