A Bolt lançou em Lisboa e Porto, esta segunda-feira, a sua categoria de acessibilidade especialmente direcionada para pessoas com deficiência motora. Esta solução, que já vem sido desenvolvida há vários meses, contou com a participação da Associação Portuguesa de Deficientes na vertente de proporcionar uma formação especializada aos motoristas que operam na plataforma.
Os 100 condutores que foram sendo formados ao longo dos últimos meses, e que integram agora esta categoria, estão assim habilitados a fornecer mais este serviço dentro da plataforma em Portugal. Todos os que se queiram juntar à categoria devem, no entanto, ter um carro de grandes dimensões e passar na formação.
A Bolt lançou a sua operação em Portugal em 2018. Atualmente, o seu serviço TVDE já cobre todo o território nacional. No que toca à micromobilidade – trotinetes e bicicletas elétricas – já está presente em 15 cidades. Outros serviços incluem a Bolt Food, atualmente presente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, bem como Braga e Coimbra, e ainda a Bolt Market, um serviço de entrega de mercearias lançado em Portugal em novembro de 2021 e que se encontra a solidificar a operação em Lisboa.
Na visão de Nuno Inácio, responsável de Ride-hailing da Bolt em Portugal, “o mais importante para nós foi conseguir delinear a melhor estratégia para conseguirmos corresponder ao feedback dos nossos utilizadores. Uma vez que nem todos os carros que podem operar enquanto TVDE, de acordo com a definição legislada, estão aptos a fornecer um transporte de qualidade a pessoas com mobilidade reduzida, tivemos de começar por aí”.
Segundo o Secretariado Executivo da APD, “enquanto Organização Não Governamental na defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, a APD iniciou esta parceria com a Bolt, concebendo conteúdos que abordam os direitos das pessoas com deficiência, boas práticas na comunicação e interação com os seus passageiros, sempre numa perspetiva de que o tratamento e o serviço deverá ser o mais bem prestado em qualquer circunstância. Não se pretende manter a prerrogativa de ‘vai ter de esperar pelo próximo’, queremos que as soluções existam e sejam antecipadas para que as pessoas com deficiência tenham o mesmo tratamento e usufruam de direitos iguais em condições iguais!”“Uma parte inerente da nossa missão enquanto operadora de mobilidade é, precisamente, o acesso a todos”, sublinha Nuno Inácio. “Sentimos especialmente a necessidade de implementar uma solução que tivesse em conta o lado da experiência de quem passa por situações menos agradáveis nos transportes diariamente, e aí a parceria com a APD rapidamente se tornou prioritária para levarmos este projeto avante. Os próximos passos passarão por começarmos a delinear a possibilidade de expansão desta solução para outras cidades onde operamos, e salientamos que qualquer motorista que conduza connosco pode candidatar-se ao processo de habilitação para se aliar a esta categoria, desde que tenha uma viatura de grandes dimensões”.