Se observarmos atentamente as pás de um helicóptero, rapidamente percebemos que os mesmos princípios se observam ao voo do beija-flor, e se atentarmos aos pássaros também assumimos que os princípios físicos aplicados ao seu voo foram a génese do desenvolvimento das asas dos aviões modernos.
Desde sempre a indústria automóvel procurou também aplicar esses mesmos princípios às suas criações, em termos estéticos, dinâmicos, e, também na sua nomenclatura.
A Maserati, em 1963, e por sugestão do coronel John Simone, parceiro comercial do importador francês Jean Thépenier, e um grande amigo de Frua – designer do modelo, deu início à tradição de associar a alguns dos seus modelos desportivos, nomes de ventos.
O primeiro foi Mistral (tipo de vento típico do sul de França) ao qual se seguiu o Bora, depois o Merak, passando pelo Ghibli, e assim sucessivamente.
O mundo das motos também não foi excepção à influência da natureza nas suas criações, veja-se o caso da Moto Guzzi – alguns modelos da marca adoptaram o nome de espécies de pássaros – como Nibbio (Milhafre), Galletto (galo) ou Falcone (falcão).Uma das marcas mais conhecidas por esta ligação entre o mundo animal e o mundo automotivo é a Lamborghini. A visita de Ferruccio Lamborghini à fazenda de gado de Don Eduardo Miura, em Sevilla em 1962, causou grande impacto no fundador da empresa.
Ele ficou tão impressionado com os touros de luta de Miura que decidiu adoptar como logo da marca o referido animal. Mais tarde, após os dois primeiros modelos de produção (350 e 400GT) começou a utilizar o nome de touros de morte espanhóis, famosos pela sua estirpe ou faenas, nos seus modelos.
O Miura foi o primeiro, mas não podemos deixar de referir outros modelos emblemáticos como o Jalpa, Diablo, Murcielago, Gallardo, ou os mais actuais, Reventon e Aventador.