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Carros elétricos têm ou não maior risco de incêndio?n

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A chegada de cada vez mais carros elétricos ao mercado deixa aos condutores uma preocupação suplementar em termos de segurança: o que acontece em caso de acidente grave, há ou não maior risco de incêndio? Esta questão é respondida praticamente em uníssono por construtores e fabricantes de baterias, que destacam que o perigo é cada vez mais diminuto, devido aos esforços empreendidos no reforço da segurança, nomeadamente em matéria de proteção da integridade das baterias a todo o momento.

Além disso, como explica o ACP, «a tecnologia dos modelos mais recentes permite interromper o fluxo de energia entre a bateria de alta tensão e o restante sistema eletrónico, no preciso instante em que se deteta uma anomalia. Geralmente, excetua-se apenas o sistema elétrico de 12 V que continua, por exemplo, a alimentar as luzes de aviso. Dessa maneira, os potenciais riscos de eletrocussão ou de incêndio são reduzidos».

Um estudo recentemente publicado pela seguradora Autoinsurance EZ, após a análise exaustiva de sinistros e casos de incêndios em automóveis ocorridos durante o ano de 2021, concluiu que 1,5 por cento dos veículos com motores a gasolina ou Diesel se incendiaram, contra apenas 0,03 por cento dos modelos 100% elétricos.

Isto em caso de acidente, o que deixa de fora alguns episódios de incêndios “espontâneos” em carros elétricos gravados em vários vídeos que circulam na internet. É sobre estes que não existem ainda estatísticas que permitam esclarecer se temos ou não um problema.

Por que razão uma bateria pode pegar fogo? Os motivos são vários: uma tensão muito elevada, pequenos defeitos ocultos nas células, problemas de temperatura e também por curtos-circuitos.

Embora o formato da célula não seja relevante, a química é muito importante. As células NMC (Níquel Manganês Cobalto), o tipo mais utilizado, são consideradas mais críticas do que as células LFP (Fosfato de Ferro e Lítio), mais simples e robustas.

O superaquecimento começa muito lentamente e pode durar algumas horas. Nas células NMC, entre 80 e 100 graus Celsius é quando pode ocorrer uma reação química que aumenta ainda mais a temperatura e arrasta as células vizinhas para uma reação em cadeia, denominada “fuga térmica”.

Os especialistas defendem agora que estes fenómenos serão combatidos com a adoção de sistemas de monitorização da bateria interna, que não ignoram processos de sobreaquecimento e atuam de forma autónoma, seja ativando o ar condicionado para refrigerar a bateria ou realizando uma chamada de emergência automática através do e-Call informando desta circunstância.