CEO da BMW volta a lançar farpas à Tesla, desta vez comenta o posicionamento da marca norte americana de elétricos: “não faz parte do segmento premium”.

A Tesla liderou a mudança de paradigma na indústria com a sua tentativa de democratização do elétrico de longa autonomia nos grandes mercados mundiais e anuncia um crescimento de 50% durante os próximos anos.

A BMW só agora entrou seriamente na “corrida”, com a dupla iX e i4 (promessa de versões exclusivamente elétricas do futuro topo de gama Série 7, do SUV X1 e do popular Série 5), e tem dúvidas que a marca de Elon Musk consiga manter o protagonismo na área dos elétricos a longo prazo…

Oliver Zipse, CEO da BMW, acredita que os grandes protagonistas do primeiro século do automóvel vão resgatar esse papel. E que a luta será a três, com Mercedes-Benz e Audi.

O que continua a faltar à Tesla? Fiabilidade, de acordo com o responsável alemão.

Numa conferência promovida pelo jornal Handelsblatt, Zipse explicou que onde a marca bávara se destaca “é no padrão de qualidade e fiabilidade”, acrescentado que a BMW tem “aspirações diferentes quanto à satisfação do cliente”. Quanto à marca californiana, “não faz parte do segmento premium”, disse.

Entretanto, a Tesla soma e segue, nas vendas (o Model 3 conseguiu o feito inédito de ser o modelo mais vendido na Europa no mês de setembro, à frente do Renault Clio), com 24% do mercado, mais do que Volkswagen (22%) e Grupo Stellantis (13%), e valorização: atingiu o bilião de dólares na bolsa de Nova Iorque (EUA), depois de a Hertz ter anunciado uma encomenda de 100 mil carros.