Herbert Diess prevê um aumento importante das vendas de automóveis na segunda metade do ano, quando os efeitos da vacinação já devem começar a sentir-se.
O CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, alertou que a atual situação de paragem no crescimento nas vendas de automóveis novos grupo poderá manter-se por semanas, enquanto a indústria automóvel enfrenta a pandemia de Covid-19. Mas que o cenário deve inverter-se na segunda metade do ano. Em declarações à Bloomberg, o n.º1 do consórcio alemão confirmou que espera uma “subida significativa” do mercado no segundo semestre, sublinhado o problema da escassez global de semicondutores como obstáculo a melhores resultados no primeiro trimestre.
“Estou ansioso por 2021 e acredito que a economia global vai assistir a uma subida significativa na segunda metade do ano, quando pudermos observar alguns efeitos da atual campanha de vacinação.”, disse Herbert Diess. “Nessa altura, espero que as pessoas comecem a comprar mais carros. Devemos preparar-nos para uma viragem significativa”, avisou.
Em 2020, a Volkswagen perdeu para a Toyota o estatuto de maior construtor mundial, mas suplantou a Tesla na venda de automóveis elétricos no Velho Continente, contribuindo de forma decisiva para a mudança do paradigma na indústria com forte impulso às performances comerciais dos veículos movidos exclusivamente a bateria elétrica. No rescaldo do sucesso que tem significado o ID.3 em todos os principais mercados, o consórcio prepara já a chegada do ID.4 e novas versões Porsche Taycan e Audi e-tron.
Numa reunião recente com investidores, Herbert Diess comprometeu-se com a entrega de 600.000 carros elétricos este ano, com o ID.4 a contribuir com 150.000 unidades, sublinhando que o objetivo será tentar proteger as margens ao mesmo tempo que aumenta o volume de vendas.
“Temos como objetivo de reduzir as despesas gerais em 5% e as relacionadas com materiais em 7%”, disse o CEO da Volkswagen.