O país asiático considera que a lei norte-americana, ao exigir a utilização de produtos de regiões específicas como requisito para o acesso aos subsídios, exclui injustificadamente os produtos de membros da OMC como a China, criando barreiras comerciais artificiais e aumentando os custos da transição para a energia verde.
“Independentemente da forma como é apresentada ou embelezada, não pode alterar a natureza dos subsídios em causa, que são discriminatórios, protecionistas e violam as regras da OMC”, afirmou hoje o porta-voz do Ministério do Comércio da China numa declaração.
Pequim iniciou um processo de resolução de litígios no âmbito da OMC contra a Lei de Redução da Inflação dos EUA em 26 de março, depois de não ter conseguido chegar a uma solução através de consultas com a parte norte-americana.
Em abril, Biden anunciou novas taxas alfandegárias punitivas sobre as importações de produtos chineses, sendo os veículos elétricos os mais afetados, com taxas que aumentaram de 25 para 100%.
Outro aumento foi o das baterias de iões de lítio utilizadas nos veículos elétricos, que passarão de 7,5% para 25% este ano.
O anúncio surge em plena campanha eleitoral de 05 de novembro e numa altura em que Biden, que tenta a reeleição, tem adotado um tom cada vez mais duro em relação à China, numa tentativa de conquistar a classe trabalhadora norte-americana e de se distanciar do ex-presidente Donald Trump (2017-2021), o futuro candidato republicano.