O novo carregador portátil da SparkCharge é modular e permite carga é rápida, recuperando até 120 quilómetros de autonomia numa hora.
As cidades começam a estar melhor apetrechadas com carregadores para carros elétricos, mas com a velocidade a que se acelera a democratização da tecnologia estas infraestruturas existentes parecem ser escassas. Uma preocupação que tem impulsionado fabricantes no desenvolvimento de soluções alternativas. Na linha da frente, uma empresa americana, a SparkCharge, concebeu um carregador modular, que se baseia num sistema de baterias empilhadas, e portátil, significando que pode transportar-se para todo o lado na mala do veículo elétrico ou deslocar-se ao local onde ficámos apeados.
O equipamento está pensado para atenuar um dos maiores estigmas associados à utilização de automóveis 100% elétricos, um fenómeno que se designa por “range anxiety”, para ilustrar um sentimento de ansiedade provocado nos condutores pela autonomia reduzida dos seus veículos de emissões zero.
A solução pode estar nesta nova geração de carregadores portáteis, que a SparkCharge começará a produzir em grande escala nos próximos meses, garantido o financiamento no valor de mais de 3 milhões de euros.
Compacto e modular
Pensado para equipar os veículos de assistência em viagem, oficinas e até para uso particular, os carregadores da SparkCharge apresentam a vantagem de poderem configurar-se a gosto, fruta da sua conceção modular, que permite a utilização de mais ou menos módulos, de acordo com as necessidades reais.
Cada módulo de bateria pesa 22 kg e tem 3,5 kWh de capacidade, significando que, dependendo do automóvel, o equipamento, na versão standart, permite um extra de autonomia de cerca de 22 quilómetros. O suficiente para garantir, na esmagadora maioria dos casos, o regresso à casa.
Uma vez utilizado, o dispositivo da SparkCharge coloca-se à carga numa qualquer tomada doméstica de 220v.
A ideia é tornar a tecnologia acessível a todos, ajudando a contribuir para a mudança do paradigma no setor dos transportes. “Tivemos uma demonstração do que é possível com a adoção de veículos elétricos. Com grande parte do mundo a praticar distanciamento social e trabalhando a partir de casa registou-se uma queda abrupta do trânsito nas estradas. Em Nova Iorque a contaminação atmosférica diminuiu em 50%, na China assistiu-se a uma redução de 25% nas emissões poluentes e as emissões de dióxido de nitrogénio em toda a Europa estão a desaparecer. Necessitamos que as pessoas voltem a trabalhar, mas mantendo estas melhorias ambientais e o veículo elétrico é fundamental”, lembra Joshua Aviv, CEO da SparkCharge.