A evolução das rent-a-car, nos últimos dias, tem sido “extremamente negativa”. Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis Sem Condutor (ARAC) está a acompanhar de perto o problema e avança, ao Motor 24, que será criado um grupo de trabalho, já na próxima segunda, 16 de março, para “analisar a grave situação que está a viver o setor em Portugal”.
O grupo de trabalho procurará encontrar soluções para fazer face aos efeitos do covid-19, no nosso país, mantendo uma colaboração direta com a associação europeia Leaseurope – que a ARAC integra -, de modo a encontrar uma estratégia comum.A associação que representa o setor das rent-a-car nacionais tem mantido contactos regulares com o governo, dando conta da gravidade das empresas deste setor, responsável pela compra de sensivelmente 26% do total de veículos ligeiros de passageiros vendidos em Portugal. Segundo Joaquim Robalo de Almeida, várias destas empresas poderão estar mesmo em risco de fechar, caso não sejam tomadas medidas de apoio.
Diminuição de reservas
A dependência das rent-a-car nacionais relativamente ao turismo explica-se, facilmente, pelos números. A clientela turística representa cerca de 60% da sua atividade, sendo que, a sul do país, esta percentagem chega mesmo aos 90%. O cancelamento das reservas e a diminuição dos pedidos para os próximos seis meses tem aumentado exponencialmente. “A cada dia que passa tem atingindo valores de quebra de cerca de 25%, à data de 9 de Março”, alerta Joaquim Robalo de Almeida.