Covid-19: Daimler corta salários da administração e dispensa apoios do Estado

05/04/2020

Ola Kallenius, CEO da Daimler garante que não necessitará de apoios estatais para enfrentar a crise provocada pelo coronavírus e avança com um plano de redução salarial para os executivos do grupo.

A indústria automóvel está a enfrentar uma das mais graves crises da sua história. A covid-19 tem levado à suspensão da atividade das fábricas, um pouco por todo o Mundo, e as vendas de veículos têm caído a pique. A Daimler não escapa a esta tendência negativa. Mas Ola Kallenius, CEO do grupo, acredita que não necessitará de quaisquer apoios estatais para ultrapassar este período mais complicado.

Para já, a solução avançada pelo responsável da casa-mãe da Mercedes-Benz, para fazer face à pandemia, passa pela redução dos salários dos membros executivos em 20% até ao final do ano – a começar por si próprio, com efeitos já este mês de abril. Outros quadros da administração terão um corte inferior: 10% nos próximos três meses.

Refira-se que o ordenado de Ola Kallenius, acordado em 2019, por ocasião da substituição de Dieter Zetsche, como CEO da Daimler, ascende a 1,34 milhões de euros anuais, variáveis, incluindo ações do grupo e outros prémios consoante a prestação da empresa. Os restantes sete membros do conselho de administração têm salários calculados entre os 400 e os 800 mil euros anuais.