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Covid-19: Portugueses mais dependentes do carro particular

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As limitações inerentes à pandemia da Covid-19 e o medo da infeção estão a influenciar as escolhas dos portugueses, que cada vez mais privilegiam o veículo particular nas deslocações entre casa e trabalho.

A falta de confiança nos transportes públicos levou a um aumento das vendas de veículos em vários mercados mundiais, enquanto um estudo realizado em Espanha revela que 20% dos cidadãos que habitualmente utilizam transportes públicos, pretendem voltar ao veículo particular no pós-confinamento.

Em Portugal, a crise sanitária também alterou comportamentos e os dados do estudo recente do Observador Cetelem Consumo confirmam-no: as viaturas próprias, como carro e mota, são agora o meio de transporte preferido pela maioria dos portugueses, com 64% dos inquiridos a afirmarem que as pretendem usar nas deslocações entre casa e o local de trabalho ou estudo.

O autocarro também aparece no topo das opções mais referidas para continuar a utilizar (61%), seguido do comboio (32%) e do metro (27%). De acordo com os dados do estudo Observador Cetelem Automóvel, divulgado no início de 2020, os transportes públicos eram o meio de transporte que os portugueses referiam utilizar com maior frequência para estas deslocações (57%). A grande maioria dos portugueses (79%) dizem ainda que fazem deslocações a pé entre casa e o local de trabalho ou estudo (79%).

Desconfiança é maior nas viaturas de aluguer e táxi/TVDE

Os transportes que os portugueses menos querem utilizar durante este período são as viaturas alugadas (95%), bicicletas/trotinetes alugadas (82%), e táxi/TVDE (74%). Na mesma lista, 70% afirmam que não tencionam usar metro e 63% o comboio. O autocarro, mantem-se entre as três opções preferidas, mesmo se 4% dos passageiros habituais referiu que tenciona deixar de utilizar aquele transporte.

Para as deslocações pós-confinamento, 1,5% dos inquiridos (num grupo de mil entre os 18 e os 74 anos) revelam que gostariam de comprar uma viatura, o que face à representatividade da amostra pode representar a venda de mais de 100 mil viaturas. No carro novo, a segurança é agora o fator mais valorizado por 64% dos portugueses, uma subida de 23% face aos dados do último relatório.