“Se a elevada sinistralidade rodoviária é habitual pretexto para subir preços, é justo que a forte redução de acidentes nos meses de confinamento leve agora as seguradoras a baixar prémios”, explica órgão oficial daquela associação de defesa dos consumidores. E acrescenta: “Apesar de já ter sido publicada legislação que protege os consumidores de seguros confrontados com dificuldades em pagar as respetivas apólices, impondo o prolongamento das coberturas obrigatórias por mais 60 dias, lamentamos que nada tenha sido ainda revelado quanto à forma como as seguradoras vão refletir no preço do seguro automóvel a recente quebra acentuada de sinistralidade rodoviária”.
De acordo com aquela entidade as medidas excecionais para o setor segurador incluem a possibilidade de seguradoras e consumidores chegarem a acordo para que os prémios venham a ser cobrados mais tarde. Podem ainda ser negociados fracionamentos de pagamentos, reduções de preço e até suspensões de cobranças. Isto porque a DECO considera que não se justifica a manutenção do valor do prémio nesta fase.
“Como os prémios de seguros são pagos antes de a cobertura se iniciar, as receitas das seguradoras não foram afetadas, mas as despesas sofreram cortes muito acentuados. Logo, se as seguradoras refletem habitualmente o aumento de acidentes na subida dos prémios das apólices, esperamos que a inversão da curva de sinistralidade tenha também igual projeção na descida dos preços dos seguros”, explica a associação.
