A artista norte-americana Heidi Mraz continua a surpreender com as suas colagens inspiradas em automóveis míticos.

Uma versão única do Porsche 917 construída com borboletas feitas de recortes de revistas e jornais é a mais recente criação americana Heidi Mraz. A artista é uma apaixonada confessa pelo mundo automóvel, que homenageia com peças únicas e de rara beleza, como é “Aerodynamics by entomology”, uma celebração do Porsche 917 e da história tão peculiar deste modelo.

Os primeiros tempos do 917 foram conturbados, marcados pela instabilidade, mas depois de várias sessões em pista o engenheiro da Porsche, John Horsman, observou que os mosquitos mortos se acumulavam por toda a carroçaria, mas não nos ailerons traseiros. O que, segundo este especialista, só podia significar que não havia nessa zona suficiente carga aerodinâmica. Umas ligeiras modificações nas lâminas de alumínio e fita adesiva bastaram para transformar radicalmente o comportamento do 917 até à conquista do estatuto icónico que alcançou na competição.

Esta curiosa história foi o ponto de partida para a artista norte-americana. “Usar borboletas como meio foi uma escolha natural. Simbolicamente, as borboletas trazem uma variedade de paralelismos com a história do 917. São um inseto como os mosquitos mortos que cobriram o carro; tanto o 917 como a borboleta são inconstantes e cada um teve de sofrer uma metamorfose para madurar. Ambos são também símbolos de imortalidade apesar de terem ciclos de vida curtos “.

A obra de Heidi Mraz mede 1,80 por 1,20 metros e está realizada com base no chassis 917-022, o mais icónico exemplar de todos os 917 com a sua decoração Gulf. Na “carroçaria” estão aproximadamente mil borboletas de papel cortadas à mão de revistas e jornais.

Ferrari feito com ovos de Páscoa

Conhecido como Ferrari “Uovo” (ovo, em italiano), o singular 166 MM/212 Export de 1950, realizado pela Carrozzeria Fontana, a pedido do Conde Giannino Marzotto, foi também fonte de inspiração para Heidi Mraz, que depois de fotografar o original carro de competição percebeu qual era o caminho a seguir: “Comecei a recortar e a fotografar cada ovo que consegui encontrar”, explicou a artista que precisou de seis meses e mais de 4.000 ovos cortados à mão para terminar a peça.

 

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