As autoridades europeias declararam guerra à sinistralidade automóvel, estabelecendo metas muito ambiciosas até final da década. E se a velocidade excessiva continua a ser das principais causas de acidente, métodos cada vez mais eficazes de dissuasão e controlo estão em desenvolvimento.
O mais recente ‘grito’ em matéria de radares são estes inovadores dispositivos conhecidos oficialmente como “radares autónomos”, já que estes aparelhos podem mover-se sozinhos, graças à incorporação de uma bateria na caixa onde estão instalados.
A ideia é contornar as limitações dos sistemas convencionais, com capacidade para funcionar apenas em linha reta, e usando a mais evoluída tecnologia LIDAR para alargar o seu raio de ação a todos os ângulos da estrada, podendo detetar infrações nos dois sentidos da via e em estradas com curva e contracurvas.
Associações de condutores em França alertam para os riscos associados a este tipo de dispositivos, uma vez que a tendência natural de um condutor ao ser surpreendido por um destes radares será travar, manobra que, em plena curva, pode resultar em acidente ou na perda do controlo do veículo.
Aprovados desde 2017, os radares autónomos já multam nas localidades de Vosgos, Nièvre e Saône-et-Loire, mas como podem transladar-se facilmente de um lugar para outro é praticamente impossível prever onde vão estar. Quanto tempo para chegarem a Portugal?
