O primeiro avião elétrico comercial do mundo, que realizou com êxito um voo de teste inaugural na semana passada, constitui mais um passo para este tipo de aparelho poder vir a ser utilizado no transporte de passageiros e de mercadorias.
A aeronave Alice foi construída pela Eviation Aircraft, tendo voado durante oito minutos e atingido uma altitude de 3.500 pés (cerca de 1 km). De seguida aterrou no aeroporto Internacional Grant County, em Washington, nos EUA.
Este avião tem duas unidades de propulsão elétrica cada uma das quais com 640 kW/3000 Nm e atinge uma velocidade máxima de cerca de 482 km/h (260 nós) e está disponível em três versões, sendo uma para nove passageiros, uma com cabine executiva para seis passageiros e uma para transporte de cargas. A tripulação é composta por dois membros.
Esta aeronave foi criada para atuar em rotas regionais, funcionando como uma alternativa mais rápida, confortável e eficiente em termos de energia do que furgões e pequenos autocarros.
“ESTE MARCO INOVADOR LEVARÁ À INOVAÇÃO EM VIAGENS AÉREAS SUSTENTÁVEIS E MOLDAR AS VIAGENS DE PASSAGEIROS E DE CARGA NO FUTURO”, DIZ GREGORY DAVIS, PRESIDENTE DA EVIATION AIRCRAFT.
Segundo a Eviation Aircraft, o voo, que permitiu verificar a potência dos motores elétricos, faz parte de uma série de etapas realizadas pela empresa para certificar a segurança e eficiência do avião.
Os planos apontam para que as primeiras unidades fiquem prontas em 2027, tendo a DHL feito uma encomenda de 12 aviões de carga elétricos Alice.
Também a Cape Air e a Global Crossing Airlines, ambas companhias aéreas regionais com sede nos EUA, fizeram pedidos de 75 e 50 aeronaves Alice, respetivamente.
John Pearson, CEO da DHL Express, saúda a “Eviation pelo sucesso do primeiro voo da Alice. A conclusão do seu primeiro voo confirma a nossa convicção de que a era da aviação sustentável está aqui. Com a nossa encomenda de 12 aviões de carga elétricos Alice, estamos a investir no nosso objetivo global de uma logística sem emissões. A gama e capacidade da Alice torna-a uma solução sustentável única para a nossa rede global de aviação, apoiando a nossa aspiração de dar uma contribuição substancial na redução da nossa pegada de carbono e, em última análise, alcançar as zero emissões até 2050”.
