De acordo com os especialistas, a depressão que desencadeou episódios de queda de granizo e cheias nalgumas regiões do país, vai interagir com o ex-furacão Franklin, originando um fenómeno que se denomina de efeito Fujiwhara e trazendo bastante mais chuva.
A condução à chuva requer cuidados adicionais. Nomeadamente, para o risco agravado de aquaplanagem (ou aquaplaning) do veículo, que acontece quando o volume de água que se acumula à frente dos pneus é superior à sua capacidade de drenagem, que mesmo com o contributo do peso do automóvel não consegue mantê-lo em contacto com o solo. A pressão de água faz com que o automóvel se eleve em relação ao piso e deslize sobre uma camada de água entre os pneus e a estrada. Nesta altura, o automóvel perde total ou parcialmente o contacto com a estrada e o condutor não será capaz de controlar a sua direção (no caso de perda total de aderência no eixo dianteiro), com risco de derrapagem, que poderá ocorrer inclusive em linha reta.
Para prevenir o aquaplaning deve ter-se os pneus com a pressão de ar correta e em bom estado (rasto em boas condições), reduzir a velocidade e tentar evitar a passagem por grandes aglomerados de água.
Passar nos intervalos da chuva
É essencial ter o veículo em bom estado de conservação. Nesse sentido, existem diversos componentes que têm de estar em perfeita saúde para que o condutor passe “nos intervalos da chuva”.Ver e ser visto: as luzes e as escovas são essenciais. Assegure-se que todas as lâmpadas estão a funcionar e conduza sempre com os faróis acesos, devendo estes estar alinhados. O bom estado das escovas do limpa para-brisas e óculo traseiro é fundamental, pois são elas que removem as gotas de água que se acumulam nos vidros. Note ainda que as estradas molhadas refletem mais a luz dos faróis dos veículos que circulam em sentido contrário.
Ligações ao solo: Quando a estrada se encontra coberta de água há o perigo de aquaplaning, que pode acontecer mesmo a velocidades muito reduzidas, mas é fundamental não esquecer que as distâncias de travagem aumentam para o dobro do que em piso seco. Qualquer exagero é suficiente para perder o controlo sobre o automóvel, sobretudo se o único componente de contacto com o solo não estiver em condições.
Os pneus devem cumprir a altura mínima dos sulcos, que é de 1,6 mm, pois é através destes sulcos (ou tacos) que os pneus estão preparados para drenar a água se acumula sobre o piso da estrada. Já para os amortecedores, a verificação recomendada é a cada 20.000 quilómetros.
Travões: Elemento fundamental para a segurança na condução, travões a funcionar a 100% podem fazer a diferença quando se conduz debaixo de chuva. O automóvel não deixa de estar em permanente contacto com a estrada, mas os níveis de atrito passam a ser extremamente reduzidos. Para garantir que consegue travar na menor distância possível, pastilhas e discos devem ser revistos a cada 20.000 quilómetros; o líquido dos travões também pode ser substituído de dois em dois anos.