Além dos modelos híbridos que serão lançados sob a denominação ‘E-Performance’, a Mercedes-AMG revelou alguns dos detalhes daquela que será uma estreia absoluta na marca, na forma de versões 100% elétricas. A ideia é a mesma do que tem sido feito até aqui – oferecer emoções fortes e prestações superlativas, mas agora sem emissões poluentes. Os AMG elétricos estão quase prontos para a produção.

Concebidos sob a base dos elétricos EQ, estes modelos da Mercedes-AMG serão versões melhoradas em termos de prestações, servindo-se de um esquema semelhante ao dos AMG produzidos hoje em dia com base nos Mercedes-Benz. Apesar de a base ser a mesma, os EQ são transformados de forma extensa na fábrica da AMG, em Affalterbach, direcionando-se para qualquer mercado em específico – potência, chassis, travões e sonoridade.

Tudo poderá ser adaptado para os desportivos elétricos da Mercedes-AMG, incluindo a estética, com elementos já conhecidos a serem reconfigurados para os AMG, como a grelha específica com as lâminas verticais, o para-choques diferenciado com função aerodinâmica ou o spoiler da bagageira e difusor.

O interior também contará com elementos especiais desportivos, como os bancos AMG com grafismo próprio, funções e ecrãs do sistema MBUX também específicos e volante com botões integrados e desenho AMG.

Os novos modelos elétricos da AMG serão lançados com dois motores independentes e tração totalmente variável com distribuição do binário a preceito. De acordo com os testes preliminares efetuados pela marca, a combinação dos motores – um em cada eixo – oferece uma performance idêntica à dos atuais modelos AMG com o motor V8 biturbo de 4.0 litros. A aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em tempo “bem inferior” a quatro segundos, dependendo do modelo e da potência. Os motores elétricos atingem um máximo de 18.000 rpm e permitem uma velocidade máxima de 250 km/h.

A bateria de iões de lítio de 400 V recebe o seu próprio conjunto de cablagem adaptado para as maiores necessidades de performance e de carregamento (aceita até 200 kW em DC), enquanto a suspensão AMG Ride Control+ pneumática está afinada para dinâmica lateral e longitudinal aperfeiçoada.

Se a performance e a capacidade de aceleração será possível de manter face a um AMG com motor de combustão, a sonoridade já não será possível de recuperar. Ou quase, uma vez que a marca promete um conjunto de altifalantes e sintetizador de som para uma nova experiência sonora da AMG.

O sistema de refrigeração das baterias de 400 V é também uma novidade, assentando no método de refrigeração direta. Pela primeira vez, as 560 células que compõem esta bateria são arrefecidas individualmente. Encontram-se envolvidas por um líquido de refrigeração de alta tecnologia com base num conceito de líquido não-condutor de eletricidade. Mas os engenheiros da AMG desenvolveram módulos de escassos milímetros de espessura para o efeito, com cerca de 14 litros de líquido a percorrerem toda a bateria, passando por cada célula com a ajuda de uma bomba elétrica de alta performance.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.