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Estrada em contramão: Quem são os condutores ‘kamikaze’?

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Estudo americano ajuda a traçar o perfil do condutor que circula nas autoestradas e vias rápidas em contramão.

Uma das situações mais perigosas que um condutor pode enfrentar em autoestrada ou numa via rápida, os episódios de contramão continuam a assustar. E, muitas vezes, com resultados gravíssimos. De acordo com os dados da ANSR, entre 2014 a 2018, foram registadas mais de cinco mil situações. E, destas, resultaram 25 vítimas mortais e 61 feridos graves. Só no ano passado, entre janeiro e setembro, a GNR registou 62 acidentes em contramão – seis pessoas perderam a vida.

De acordo com a estatística, os jovens até aos 30 anos são os responsáveis pela maioria dos sinistros, ‘baralhando’ a teoria de que o fenómeno será mais comum em volantes seniores. Ainda será possível traçar o perfil do condutor ‘kamikaze’ (nome, composto do japonês kami (divino) e kaze (vento), que era dado a um tipo de pilotos de aviões japoneses que durante a Segunda Guerra Mundial realizaram ataques suicidas contra as forças aliadas), de forma a combater o fenómeno.

‘Kamikaze’ viajam sozinhos

Um estudo publicado recentemente pela American Automobile Association (AAA), com base nos dados de acidentes ocorridos entre 2015 e 2018, nos Estados Unidos (e dos quais resultaram 500 vítimas mortais), permite definir padrões.

De acordo com a estatística, o condutor que circula em contramão pode fazê-lo sem intenção, por simples distração ou em situação típica de desnorte, mas 60,1% dos condutores que protagonizaram acidentes deste tipo apresentavam concentração de álcool no sangue acima do permitido por lei naquele país: 0,8 gramas/litro. Enquanto, 36% conduziam totalmente sóbrios, com taxa inferior a 0,1 gramas/litro.

A segunda causa mais relevante para acidentes em contramão está relacionada com a idade avançada. O estudo revela que os condutores acima dos 70 anos estão mais sujeitos a cometer este tipo de erros na estrada.

O terceiro fator destacado na pesquisa da AAA é a ausência de passageiros. 87% dos ‘kamikaze’ que provocaram acidentes de viação viajavam sozinhos.