Especialistas e associações automóveis na Europa são unânimes: novo método de homologação de motores em 2025 será ‘machada’ final nos motores de combustão.
Na Europa, regulamentos antipoluição cada vez mais restritivos. Em 2025, deverá ser implementada a norma Euro7, agravando muitíssimo as medidas restritivas de emissões poluentes para as mecânicas de combustão interna, a gasóleo e a gasolina. De tal forma, que a sua produção será praticamente impossível, com custos de produção proibitivos, só para suportar o avanço técnico necessário ao cumprimento das novas regras em perspetiva.
Segundo informa o Automotive News Europe, com a norma que substituirá a atual Euro 6d, os fabricantes ficam obrigados a diminuírem ainda mais os consumos de combustível e emissões poluentes, sendo que no caso do NOx o limite passará de apenas 80 mg/km admitidos a partir de janeiro, quer em condições de banco de ensaio, quer em estrada, para cerca de 30 mg/km, abaixo dos 34 mg/km que é hoje a margem de erro…
De acordo com os especialistas, a confirmarem-se as metas impostas pela nova norma Euro7, os motores Diesel e a gasolina não sobreviveriam com técnicas de baixo consumo, nem com sistemas de hibridização suave. Mas existem já cenários piores em perspetiva. Sabe-se, por exemplo, que o Advisory Group on Vehicle Emission Standards (AGVES), organismo encarregue de estudar e assessorar a Comissão Europeia relativamente às medidas a adoptar, apresentou propostas muito mais duras, sugerindo fixar o limite das emissões de NOx entre 10 e 30 mg/km o de monóxido de carbono entre 100 e 300 mg/km, muito abaixo do limite atual, entre os 500 e os 1000 mg/km.
Ainda em declarações ao Automotive News Europe, um executivo da Volkswagen sublinhou que “não só o preço baixo não será possível de manter, como os veículos deixarão de ser divertidos de conduzir, como se tivessem tomado comprimidos para dormir”. Um cenário que pode implicar reação em sentido contrário ao da medida, com um número cada vez mais elevados de proprietários de carros antigos, mais poluentes, a adiarem a compra de carro novo.
Antes, a proposta da AVGES havia sido classificada como irrealista e impossível de cumprir por entidades como a Associação da Indústria Automóvel Alemã (VDA), cuja porta-voz, Hildegard Müller, fez questão de sublinhar que a introdução de uma norma Euro 7 com estes limites significaria na prática o fim do motor de combustão em 2025.