A fábrica da Stellantis em Vigo, Espanha, suspendeu a produção por tempo indefinido: faltam ‘chips’ para fazer carros.

A crise mundial de semicondutores continua a fazer vítimas no setor automóvel. Toyota, Ford e Jaguar e Land Rover foram obrigados a travar o ritmo da produção em todo o mundo devido à escassez de ‘chips’, que está a afetar de igual forma a maioria dos setores industriais, da eletrónica de consumo aos eletrodomésticos. E sem fim à vista.

Esta semana, a fábrica da Stellantis (antes do Grupo PSA), em Vigo, Espanha, decidiu suspender provisoriamente a sua atividade por falhas no abastecimento daqueles componentes. De acordo com a administração da empresa, a linha de montagem espanhola estará parada “até novo aviso”, por falta de ‘chips’ para a produção de automóveis.

Atualmente a unidade galega fabrica oito modelos distintos para as marcas Citroën (C4 e Grand C4, Berlingo e C-Elysée), Opel (Combo), Peugeot (2008 e Rifter) e Opel/Vauxhall (Combo).

Um destes veículos moderno incorpora em média entre 50 e 150 chips, que se utilizam na instrumentação digital, nos sistemas de navegação, nos espelhos retrovisores digitais e tantos outros sistemas do carro.

Também em Espanha, a unidade da Mercedes-Benz de Vitoria-Gasteiz, na comunidade autónoma do País Basco, suspenderá também a atividade dos seus três turnos de produção no próximo dia 25 de maio, pelos mesmos motivos.

Segundo os especialistas da IHS Markit, a escassez de chips já ameaçou a produção de 1,3 milhões de veículos automóvel a nível mundial só no primeiro trimestre do ano.