Fábrica de baterias para elétricos em Sines recebe “luz verde”

15/03/2024

Sines é o local escolhido para a fábrica de baterias. A China Aviation Lithium Battery pretende começar a produzir até ao final de 2025.

 

A fábrica de baterias para automóveis elétricos prevista para Sines obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, mas sujeita ao cumprimento de condições definidas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“O projeto em apreço enquadra-se nas políticas e objetivos europeus e nacionais de transição energética de modo a alcançar a neutralidade carbónica”, diz a APA. “Os impactes negativos identificados, na generalidade suscetíveis de minimização, e os impactes positivos perspetivados, emite-se decisão favorável, condicionada ao cumprimento dos termos e condições impostas no presente documento”.

O PROJETO FOI RECONHECIDO EM MARÇO DE 2023 COMO PROJETO DE POTENCIAL INTERESSE NACIONAL (PIN).

“Em termos de impactes residuais, subsistem alguns efeitos negativos significativos, como a eliminação da vegetação para construção da fábrica, o potencial aumento da pressão nos Recursos Hídricos (consumo) e a potencial pressão imobiliária prevista na fase de exploração. Estes aspetos serão devidamente geridos e monitorizados durante a implementação do projeto”, pode-se ler no documento.

A APA também determina o cumprimento de um programa de monitorização da qualidade do ar, um programa de monitorização do ambiente sonoro, um programa de monitorização da qualidade das águas subterrâneas e programas de monitorização de flora e vegetação e da avifauna.

O promotor do projeto é a empresa China Aviation Lithium Battery Technology (CALB) que pretende investir dois mil milhões de euros e dará emprego a 1800 postos de trabalho diretos.

ESTE PROJETO PODE VIR A REPRESENTAR MAIS DE 4% DO PIB QUANDO ESTIVER EM PRODUÇÃO.

A unidade industrial vai ficar implantada num terreno com 45 hectares na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

A fábrica terá a capacidade para 15 gigawatts hora (GWh),

O objetivo é arrancar com o projeto até ao final do próximo ano: “Com o objetivo de satisfazer a grande procura dos clientes (principalmente da indústria automóvel), pretende-se garantir o início da produção até ao final de 2025”, indica a empresa no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).

Segundo avança o Jornal Económico, na primeira fase do investimento, a empresa espera dar resposta somente às encomendas que já tem em carteira na Europa. Numa segunda fase, em 2028, o objetivo é ampliar as instalações, escalando a unidade de 15 para 45 GWh. Numa terceira fase, o objetivo é ficar com uma unidade semelhante a uma Gigafábrica da Tesla.