A partir de 2035 não será possível a venda de novos automóveis com motores de combustão interna na União Europeia. A medida foi aprovada pelo Parlamento Europeu no âmbito do pacote climático especial para os transportes, mas longe de ser consensual, com 340 votos favoráveis, 279 contra e 21 abstenções.
Entre as vozes dissonantes está Matteo Salvini, o ministro italiano dos transportes, que considera que o ponto final à comercialização de automóveis novos com motores de combustão na Europa é um ato de “fundamentalismo ideológico” e que a aposta apenas nos elétricos é “suicídio e uma prenda para a China”.
“Todos nós nos preocupamos com a água, qualidade do ar ou meio ambiente, mas isso não tem de resultar no desemprego de milhões de pessoas, fechar fábricas e milhares de empresas na Europa.”, comentou o político italiano citado pela Reuters.
Em Itália, onde a indústria automóvel emprega de forma direta mais de 270 mil pessoas, estudam-se alternativas às novas propostas europeias. Limitar a redução de emissões até 2035 aos 90% para dar à indústria tempo para se adaptar é uma das propostas em cima da mesa.