Pesando menos 90 kg do que a já levíssima versão de estrada, o T.50S, homologado para circuito, usa a variante mais potente do explosivo V12 desenvolvido pela Cosworth. Resultado: 1,21 kg/cv…
No saudado regresso de Gordon Murray à mais alta esfera da indústria automóvel, o autor do McLaren F1 e de alguns dos mais célebres e inovadores projetos da Fórmula 1 estreou-se na produção de um hiperdesportivo em nome próprio, pela Gordon Murray Automotive (GMA). Denominado T.50, o modelo foi desenvolvido em parceria com a equipa Racing Point, da Fórmula 1, anunciando credenciais desportivas únicas. A produção, limitada a 100 unidades, com um preço a rondar 2,6 milhões de euros, esgotou em menos de 48 horas. Mas Murray não ficará por aqui. Na rampa de lançamento está agora o T.50S, a versão de competição deste supercarro incrível, mais leve, mais potente e… mais cara.
Peso vs. Potência
Com lançamento previsto para meados de 2023, o T.50S estará disponível numa série limitada a apenas 25 exemplares, com variante do revolucionário motor V12 4.0 naturalmente aspirado de origem Cosworth, com potência ‘esticada’ aos 730 cv (menos 67 cv do que no carro de estrada), com ‘red-line’ às 12.100 rpm. A mecânica recebeu modificações na cabeça dos cilindros, dispõe de uma taxa de compressão superior, escape e sistema de admissão novos e surge agora associada a uma caixa sequencial de seis relações para enviar a potência às rodas traseiras. O chassis construído em fibra de carbono de elevada qualidade também foi alvo de revisão, com altura ao solo reduzida em 40 mm, e suspensões com nova geometria, além de barras anti-aproximação mais rígidas.
A tudo isto há que somar uma receita reforçada de redução peso, o T.50S terá um peso pluma de apenas 890 kg, menos 90 kg do que a já levíssima versão homologada para conduzir em estrada. A excecional ‘dieta’ é feita à custa do corte de todos os acessórios considerados supérfluos para utilização em pista: ar condicionado, sistema de multimédia, bancos dos passageiros e até os tapetes foram removidos. Por outro lado, na lista de opções, elementos como as bacquets e volante em fibra de carbono e cintos de segurança de competição.
A aerodinâmica, que é apontada como a mais avançada alguma vez aplicada num carro de produção em série, foi ainda melhorada com a adoção de um lábio dianteiro de dimensões ainda mais generosas, esquema de difusores ajustáveis e uma nova asa a acompanhar a linha central carro, solução que remete para os Brabham BT52 F1 projetados por Gordon Murray na década de 80. De acordo com o construtor, o T.50S é capaz de gerar mais de 1500 kg de “downforce”.
Preço estimado: 3,5 milhões de euros.