O sindicato IF Metall lidera o movimento de contestação na Suécia, que dura há cinco semanas, em oito locais de trabalho da Tesla, e já fez saber que “continuará [com as greves] enquanto for necessário”.
Em causa está o parecer negativo da administração sobre a assinatura de um acordo coletivo com os seus afiliados.
Em comunicado citado pela agência de notícias AFP, o sindicato explica que o incumprimento pela Tesla dos contratos coletivos é uma tentativa de obter uma vantagem competitiva ao estipular salários e condições inferiores.
No final do mês passado, 130 mecânicos começaram uma greve em protesto. Agora são já dez os sindicatos envolvidos contra a empresa de Elon Musk, incluindo os trabalhadores portuários que passaram a recusar descarregar os automóveis da marca que chegam ao país.
As greves da Tesla estão a alastrar a outros setores, os eletricistas também pararam os trabalhos de manutenção, os serviços de limpeza e manutenção vão parar também.
Porta-voz do IF Metall, o sindicato que representa no total 300.000 trabalhadores, explica que a luta é “muito importante” porque “envia um sinal não só para a Suécia, mas para toda a Europa, sobre a importância dos sindicatos e dos acordos coletivos. Se não o fizermos, acabaremos como nos Estados Unidos, na América Latina ou na China… sem direitos laborais garantidos”.