As exportações de componentes automóveis registam, no mês de abril, um crescimento de 26,9% face ao mesmo mês de 2022.
As exportações de componentes automóveis atingiram em abril os 899 milhões de euros, registando assim uma subida de 26,9% face ao mesmo mês de 2022, o que se compara com uma diminuição de 3,6% do total das exportações nacionais de bens. “Assim, destaca-se que as exportações de componentes para automóveis, estão desde o início do ano, com um ritmo de crescimento superior face às exportações nacionais de bens”. De acordo com os dados recolhidos pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), “este crescimento de dois dígitos, representa uma subida pelo décimo segundo mês consecutivo”, avança a associação em comunicado.
No que se refere ao acumulado até abril as exportações de componentes automóveis alcançaram os 3945 milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 22,5% face ao mesmo período de 2022. “Importante realçar que 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis continuam a pertencer ao top 5 de países, composto por Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e Estados Unidos da América, durante o ano de 2023”, explica.
Espanha continua a ser o principal cliente dos componentes fabricados em Portugal, com vendas de 1123 milhões de euros, seguida pela Alemanha com 887 milhões de euros. Na terceira posição encontramos a França, com 441 milhões de euros, enquanto a quarta posição pertence à Eslováquia com 175 milhões. As vendas de 150 milhões de euros aos Estados Unidos da América fecham o top 5.
“Destaque-se que as exportações para quatro destes cinco países voltam a aumentar relativamente ao ano anterior. Assim, as exportações para Espanha aumentaram 21% relativamente ao ano de 2022, Alemanha apresenta-se com um crescimento de 29,5% e as exportações para França, 3.º país cliente, cresceram 24,2%. A Eslováquia registou um aumento de 29,4% em relação a 2022”, continua a AFIA no mesmo comunicado. “Por outro lado”, frisa, “os EUA continuam a registar uma queda, agora de 15,5%, nas importações de componentes automóveis provenientes de Portugal, no que se refere ao período homólogo de 2022 mantendo-se como 5º país cliente”.
Os problemas nas cadeias de abastecimentos continuam a afetar toda a indústria automóvel com a falta de chips e componentes eletrónicos, “todavia é de destacar que a indústria portuguesa de componentes para automóveis tem conseguido manter uma forte resiliência e criar formas de continuar a competir com as suas congéneres para ganhar quota de mercado”, nota a mesma fonte.