Se conduzir, não beba. A máxima é para ser levada (muito) a sério e, por isso, numa noite de copos é sempre preferível deixar o bólide estacionado e optar por um meio de transporte público para fazer as deslocações. Infelizmente, há quem termine com um “grão na asa” ou completamente entornado e não aguente o conteúdo do estômago na viagem de regresso a casa. Ora, há muitos motoristas que aproveitam este flagelo para faturar…
O esquema não é novo, mas está a atingir um grande número de clientes Uber nos Estados Unidos. Chegado ao destino, o passageiro recebe uma notificação de um ajuste na fatura e um custo adicional que varia entre os 60 e 120 euros.
Os clientes, obviamente curiosos por terem sido atingidos pela taxa adicional de “limpeza” contactam a UBER. O problema é que contrariar a queixa do condutor é difícil, pois estes pensaram numa forma muito convincente de levar a melhor ao acompanhar a mensagem com fotos de vómito no veículo.
A política da Uber é cobrar pelo menos 60 euros ao passageiro em caso de incidente como, por exemplo, o derramar de uma bebida numa superfície difícil de limpar. Mas, se “quantidades significativas de fluidos corporais (urina, sangue ou vómito)” são deixados no veículo, a empresa pode cobrar até 120 euros para compensar os custos extras de limpeza.
Em declarações ao jornal da Flórida El Nuevo Herald, a UBER desvalorizou os episódios, alegando legitimidade na aplicação das taxas adicionais aos passageiros atingidos pelos esquemas.Mas, a verdade é que o prejuízo foi grande para as vítimas da “fraude do vómito”. Como William Kennedy, morador de Miami que fez duas viagens de aproximadamente 20 euros e foi surpreendido no dia seguinte com uma taxa de 120 euros porque “vomitou nos dois veículos”.
“Foi uma fraude total por parte dos dois motoristas diferentes. Eles têm tudo planeado para colocar o esquema em prática“, disse Kennedy.
A Uber garantiu ao El Nuevo Herald “estar atenta a relatórios onde a fraude pode ser detetada” e assumiu que “tomará as devidas ações”.
