Discurso inflamado da jovem ativista sueca mereceu a crítica do ex-apresentador do programa Top Gear.
Na coluna semanal que assina nas páginas do tabloide inglês The Sun, Jeremy Clarkson, que é hoje um dos rostos do programa de automóveis The Grand Tour, com Richard Hammond e James May, escreveu sobre o discurso emocionado da ativista de apenas 16 anos nas Nações Unidas. E fê-lo de forma não menos… inflamada. Ao seu estilo.
Clarkson é conhecido por não ter um feitio propriamente fácil, estando envolvido em inúmeras polémicas durante todos os anos em que apresentou o famosíssimo Top Gear, tendo sido mesmo acusado, em 2015, de agredir física e verbalmente um elemento da equipa da BBC durante as filmagens de um episódio daquele programa de automóveis…
Numa fase bastante mais discreta da sua longa carreira, Clarkson voltou a elevar o tom das suas declarações esta semana, para criticar a forma como a jovem Thunberg se dirigiu aos principais líderes mundiais na Cimeira da Ação Climática, pedindo-lhes maior empenho e dedicação às causas ambientais, com medidas que permitam efetivamente travar o aquecimento global. «Tudo isto é errado. Eu não devia estar aqui. Eu devia estra na escola no outro lado do oceano», referiu a ativista no seu discurso, entre acusações. «Todos procuram os mais novos em busca de esperança. Como se atrevem? Vocês roubaram os meus sonhos e a minha infância com palavras vazias», exclamou em lágrimas a jovem sueca.
As declarações fortes, mas acima de tudo o tom que classificou como pouco razoável e irritado motivaram a resposta de Clarkson, no tom polémico a que nos habituou ao longo de anos. «Como nos atrevemos?», escreveu o britânico. «Não. Como se atreve você atravessar o Atlântico num veleiro em fibra de carbono de 15 milhões de libras, que não ganhou, e que tem um motor de apoio a gasóleo, que se esqueceu de mencionar», questionou na crónica do The Sun, que concluiu escrevendo: «Muitos milhares de pessoas que teve o atrevimento de culpar esta semana estão a tentar fazer exatamente o que você quer. Por isso, sê uma boa menina, cala-se e deixe-os continuar a trabalhar».