Os construtores chineses melhoraram na qualidade e na segurança e, a reboque da eletrificação, estão a chegar à Europa com ambições muito altas. E a China já ultrapassou o Japão como maior exportador de automóveis do mundo. Nos primeiros seis meses do ano, o gigante asiático enviou para o exterior mais de 2,3 milhões de veículos, registando um crescimento de 77%. A dimensão do mercado chinês ajudou a acelerar a ascensão de marcas locais, como a BYD, a Aiways, a MG ou Xpeng, mas também há cada vez mais construtoras europeias a fabricar em solo chinês, atraídos por custos de produção mais reduzidos e uma maior proximidade ao maior mercado automóvel do mundo.
Eis a lista de carros europeus “made in China”:
Mini Cooper EV
Quando faltam muitos meses para o lançamento da nova geração do Mini – a marca tem o lançamento comercial previsto apenas para maio de 2024 –, já não muitos segredos em torno do compacto de 3 portas, que mantém alguns elementos de inspiração retro, mas muda muito nesta nova era de produção na China, em plataforma desenvolvida em parceria entre a BMW e a local Great Wall.
O novo Mini Cooper E deverá contar com bateria de 40 kWh e autonomia a rondar os 320 km, enquanto o Cooper SE irá dispor de bateria com 54 kWh e até 400 km de alcance máximo.
Polestar 2
O Polestar 2 foi apresentado em fevereiro de 2019, construído sobre a plataforma CMA – Compact Modular Architecture da Volvo, e equipado com dois motores elétricos (com uma potência combinada de 408 CV e 660 Nm de binário) e uma bateria com 78 kWh de capacidade que permite atingir uma autonomia de 500 quilómetros.
Cupra Tavascan
Uma surpresa, ou talvez não, o anúncio recente da marca espanhola do arranque da produção do Cupra Tavascan totalmente elétrico na China. O modelo será construído na unidade do Grupo Volkswagen em Hefei.
Inicialmente estará disponível em duas versões, uma com 286 CV de potência, uma bateria de 77 kWh e até 550 km de autonomia; o Tavascan VZ equipa com dois motores elétricos para uma potência combinada de 340 CV e até 520 km de autonomia.
O Dacia Spring é a variante europeia do Renault K-ZE vendido na China, por sua vez a versão elétrica do Renault Kwid, é fabricado na unidade de Shiyan pela joint venture eGT New Energy Automotive, composta pela Dongfeng e a Aliança Nissan Renault. O crossover urbano que mede apenas 3,73 metros de comprimento tem no preço o seu mais forte argumento de vendas.
Está disponível com motor de 45 CV e bateria de 27,4 kWh ou numa versão de 65 CV, com a mesma bateria e autonomia para 224 km elétricos.
BMW iX3
O motor, caixa de uma velocidade e a unidade de controlo de potência estão estruturados como um monobloco, o que permite minimizar as perdas de eficiência, além de poupar espaço a bordo.
Smart #1
A smart entrou numa nova fase de desenvolvimento a toda a velocidade, impulsionada por uma estratégia empresarial ‘dual-home’, na Europa e na China.
Enquanto o design do #1 é de Gorden Wagener, diretor de Design da Mercedes-Benz Group AG, que tem sido também o ‘pai’ das mais recentes criações da marca germânica, como o EQS, a produção está baseada em território chinês numa das unidades da Geely Holding, em Xi’na.
Volvo XC40 e XC60
Desde que a fábrica de Luqiao, na China, foi inaugurada em 2017, esta unidade que é propriedade da Geely passou a ser referida como a fábrica de Taizhou, refletindo o nome de sua cidade natal ao invés de seu distrito de origem. A infraestrutura está totalmente disponível para o Grupo Volvo Car, que ali produz unidades do modelo XC40 (também é construído em Gent, na Bélgica), enquanto o XC60 é fabricado em Torslanda, na Suécia, ou Chengdu, na China, dependendo do mercado de destino.
Volkswagen ID.4
O Volkswagen ID.4 fecha esta lista de automóveis produzidos na China, uma vez que o SUV alemão não só em produzido na unidade de Zwickau, na Alemanha, mas também em duas fábricas das joint ventures, a FAW-Volkswagen e a SAIC-Volkswagen, em Fosham e em Anting.
