Nova lei obriga a reparar o automóvel se for mais barato do que comprar um novo

30/04/2024

Certas reparações em alguns veículos podem ser dispendiosas. E isso não se deve apenas à mão de obra, à disponibilidade de peças ou ao preço das peças sobresselentes.

 

A União Europeia tenciona inverter a frase “é mais barato comprar um carro novo do que repará-lo” e passará a ser mais fácil e mais barato reparar um automóvel.

O Parlamento Europeu deu luz verde a uma legislação que obriga os fabricantes a reparar os produtos e a oferecer peças sobresselentes. Os fabricantes de telemóveis, automóveis e eletrodomésticos vão ter de se preparar para algumas mudanças.

A lei foi aprovada por maioria absoluta com 584 votos a favor, 3 contra e 14 abstenções e entrará em vigor nos próximos meses. Os Estados-Membros vão dispor de um prazo máximo de dois anos para aplicar a legislação.


A União Europeia aprovou a lei do “direito à reparação” que obrigará os fabricantes a reparar um produto, mesmo que este tenha esgotado a sua garantia legal.
Certas reparações em alguns veículos podem ser dispendiosas. E isso não se deve apenas à mão de obra, à disponibilidade de peças ou ao preço das peças sobresselentes. A União Europeia tenciona inverter a frase “é mais barato comprar um carro novo do que repará-lo” e, a partir de agora, será mais fácil e mais barato reparar um automóvel.

A UE reconheceu o “direito à reparação” de um produto mesmo quando a garantia legal já expirou. O organismo afirma que as marcas e as oficinas terão de oferecer uma alternativa à compra “num prazo razoável e por um preço razoável”.

Este regulamento introduz um novo tipo de garantia para além da oferecida pelo fabricante: a garantia de qualidade. O sistema oferece cobertura até um ano suplementar, com o objetivo de incentivar os consumidores a reparar o artigo em vez de comprar um novo.

Os consumidores europeus poderão solicitar um aparelho de substituição enquanto o seu está a ser reparado ou escolher um produto similar em segunda mão se a reparação não for possível. Outro desafio para a UE é combater a obsolescência planeada, tão popular em algumas indústrias.