A Doca de Santo Amaro passou a ter lugares exclusivos para embarcações elétricas. O projeto será alargado a mais docas da Marina de Lisboa.
A APL-Administração do Porto de Lisboa reforçou a sua aposta na área da sustentabilidade, investindo em boas práticas ambientais na Marina de Lisboa, na Doca de Santo Amaro, reservando dois lugares, exclusivamente para embarcações elétricas.
A iniciativa será, no curto prazo, alargada a outras docas da Marina de Lisboa, dando resposta a uma procura crescente que se tem verificado, para este tipo de embarcações menos poluentes.
Ricardo Medeiros, administrador da APL, sublinha neste contexto, que ”a APL procura sempre criar condições e incentivos que estimulem práticas mais sustentáveis e que alimentem a consciencialização da vasta comunidade náutica para os relevantes valores ambientais”.
Embarcações até seis metros
Os dois lugares reservados exclusivamente para navios elétricos na Doca de Santo Amaro, desde o início de abril, permitem acomodar embarcações até seis metros, sendo também garantido, nos pontões, o abastecimento de água e de eletricidade.
A Marina de Lisboa integra quatro docas de recreio, geridas de forma integrada e localizadas na margem norte do rio Tejo, em Alcântara, Santo Amaro, Belém e Bom Sucesso.
As quatro docas da Marina de Lisboa oferecem vários serviços de apoio e, no seu conjunto, garantem uma capacidade para um total de 900 embarcações.
Primeiro Ferry elétrico português será construído no Porto de Lisboa
Em matéria de embarcações elétricas, no ano passado, os estaleiros navais da Navalrocha e Navaltagus, pertencentes ao grupo ETE, situados no Porto de Lisboa, ganharam o concurso para a construção do primeiro ferry elétrico em Portugal.
A embarcação vai operar em Aveiro na travessia entre S. Jacinto e Forte da Barra e a sua operação corresponderá a uma poupança de 300 toneladas de CO2 por ano.
Segundo o comunicado emitido, na altura, pela ETE, o novo ferry é o primeiro com esta característica a ser construído em Portugal, por empresas portuguesas e para uma região portuguesa. O grupo ETE caracteriza o desafio como “pioneiro na área da mobilidade» e que representará “um impacto ambiental muito positivo no distrito de Aveiro”.
“A reparação e construção naval são atividades históricas no Porto de Lisboa e esta escolha vem ao encontro do dinamismo, credibilidade, versatilidade e know-how dos estaleiros sediados no nosso porto, constituindo um importante polo da indústria naval nacional e uma referência internacional no setor”, comenta a APL.