Previsão da Associação de Fabricantes de Automóveis da China é menos otimista do que a última, emitida em julho, anunciando queda de 5% no mercado de viaturas novas.

As vendas de automóveis na China podem derrapar para os 26 milhões em 2019, uma que de cerca de 8%, segundo avançou alto executivo da indústria, uma vez que o maior mercado automobilístico do mundo se prepara para o segundo ano consecutivo em contração, como consequência do abrandamento da economia e da entrada em vigor de regras mais restritivas para emissões poluentes.

A última previsão oficial, apresentada por Fu Bingfeng, vice-presidente executivo da Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM), é mais baixa que o prognóstico anterior, que apontava uma queda de 5%, em julho.

Fabricantes como a General Motors, a Ford e a Peugeot já informaram quebras de dois dígitos nas respetivas tabelas de vendas.

Em declarações à agência Reuters, à margem de um fórum dirigido pelo Centro da China para o Intercambio Económico Internacional, Fu declarou que as descidas registadas nas vendas de automóveis devem ser encaradas como resultado da transformação da indústria face aos padrões de produção mais exigentes, a necessidade de veículos com menos emissões e veículos de novas energias (NEV), que desceram 34% em setembro, fruto das mudanças nas políticas de incentivos naquele país.

Em 2018, o mercado automóvel chinês representou cerca de 28 milhões de viaturas, menos 3% do que no ano anterior, o que significou a primeira queda nas vendas desde 1990. As vendas de automóveis na China caíram em setembro pelo 15º mês, apesar dos esforços do governo.

Ainda assim, Fu parece acreditar que os registos anuais para o gigante asiático apontam aos 30 milhões de unidades em 2023.

“O desenvolvimento de novos veículos com energias alternativas está ainda numa fase inicial, pelo que falar do seu crescimento neste momento não é muito significativo», explicou.