Metro de Lisboa vai ter uma nova via: Linha Violeta

20/03/2024

Linha Violeta do Metro de Lisboa será um projeto de metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures e que estará pronta dentro de dois anos e meio.

 

Para além da construção da Linha Circular que decorre atualmente (com o prolongamento da estação do Rato, da linha Amarela, à estação do Cais do Sodré, da linha Verde, e duas novas estações, Estrela e Santos), o metro de Lisboa vai expandir-se para uma outra via, a Linha Violeta.

Trata-se de um projeto de metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures que se prevê que esteja operacional em 2026.

O concurso público para a construção da Linha Violeta do Metropolitano de Lisboa foi lançado.

A LINHA VIOLETA TERÁ 11,5 KM, DOS QUAIS 6,4 KM SERÃO NO CONCELHO DE LOURES E 5,1 KM NO CONCELHO DE ODIVELAS.

A nova linha custará 527 milhões de euros (já com IVA), 390 milhões dos quais vindos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e 137,3 milhões de euros a serem financiados pelo Orçamento do Estado.

A Linha terá 17 estações (12 delas à superfície, três subterrâneas e duas em trincheira), entre o Hospital Beatriz Ângelo e o Infantado, em Loures, com ligação ao centro de Lisboa a partir da atual estação de Odivelas.

Das 17 estações, 9 serão no concelho de Loures, mais concretamente nas freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas.

As restantes oito estações ficarão inscritas no concelho de Odivelas e servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças.

AS OBRAS DEVERÃO ESTAR CONCLUÍDAS NO 2º SEMESTRE DE 2026.

Benefícios para a mobilidade

O presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, considera que esta nova linha mudará o paradigma da mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa (AML), já que poderá depois expandir-se para outros concelhos na zona norte de Lisboa.

Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures, destaca o facto de Loures ser um dos concelhos que mais viaturas faz entrar na cidade de Lisboa e as nove estações que serão criadas irão permitir uma nova forma de mobilidade não só para Lisboa como para os circuitos internos do concelho.

Hugo Martins, presidente da Câmara de Odivelas, afirma que, para o seu concelho, os ganhos são sobretudo de menor pressão de tráfego e mais estacionamento, porque “o novo metro apanha os utentes em Loures mais a montante”, melhor acesso ao hospital Beatriz Ângelo, menor ruído e menos emissão de gases para a atmosfera.

Os concorrentes têm um prazo de 120 dias para a apresentação de propostas neste concurso, contado da data do envio do anúncio para publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE).

O investimento inclui a conceção e construção da infraestrutura do Sistema de Metro Ligeiro e do reordenamento urbano envolvente, a elaboração de todos os estudos para efeitos da instrução dos processos de expropriação por utilidade pública, o fornecimento de veículos tipo LRV-Light Rail Vehicle, e a prestação de serviços de manutenção da infraestrutura ferroviária e dos veículos pelo prazo de três anos.