Aos jornalistas, o fundador e CEO da marca chinesa de automóveis elétricos afirmou que os rumores não têm fundamento.
A notícia de que a Nio se preparava para adquirir a fábrica da Audi surgiu no jornal belga e Tidj, que citava fontes conhecedoras do processo.
Mas agora, William Li, o CEO da Nio, veio pôr água na fervura: “Como é que a Nio pode pagar uma fábrica que a Audi não pode pagar? (Os rumores) não têm fundamento”, declarou.
Em julho, a Audi anunciou a sua intenção de procurar uma solução para a fábrica belga ou, em alternativa, parar a produção do Audi e-Tron e encerrar as instalações.Marca do grupo Volkswagen, que está a atravessar um momento muito difícil, o encerramento ou venda da fábrica teria um impacto de 2,6 mil milhões de euros no exercício de 2024.
O jornal belga De Tijd afirma que uma delegação da Nio visitou a fábrica de Vorst, perto de Bruxelas, e que uma proposta de compra seria apresentada ao Grupo Volkswagen até à próxima segunda-feira.
A notícia, que teve grande repercussão, dava conta que a Nio estava à procura de uma solução para fazer face ao agravamento das tarifas alfandegárias impostas aos automóveis chineses pela União Europeia.
Assim, ao invés de avançar para a construção de novas instalações, como o fez a BYD, a Nio preferiria comprar uma fábrica já em funcionamento e adaptá-la para a construção dos seus modelos.
Se a fábrica encerrar, os 2.910 funcionários que aí trabalham enfrentam o desemprego. O anúncio de que as instalações poderiam encerrar após o final da produção antecipado dos modelos SUV Q8 e-Tron foi feito em julho.
Mas, então, Volker Germann, o presidente executivo da Audi Bruxelas, disse também que “o anúncio da intenção não significa que a decisão esteja tomada”.
Um dos principais construtores de automóveis elétricos chineses, a Nio ainda não tem uma presença significativa na Europa, exportando alguns dos seus modelos para mercados como Noruega, Alemanha, Países Baixos, Suécia e Dinamarca.