Os portugueses estão a mudar a forma como se relacionam com o automóvel. O Observador Cetelem Automóvel 2021 revela que, em Portugal, ainda 6 em cada 10 pessoas não se veem a viver sem automóvel. No entanto, apesar de ainda ser um meio de transporte que a maioria considera indispensável, podemos afirmar que esta ideia tem perdido força, uma vez que em 2017 eram 8 em 10 os portugueses que não se viam a viver sem carro próprio.
Indispensável porquê?
De acordo com o mesmo estudo, “o que ainda o torna imprescindível é o seu caráter utilitário na vida quotidiana”.
A nível mundial, questionados sobre o porquê de estarem apegados ao seu carro, 7 em cada 10 inquiridos destacaram também as questões ligadas à sua utilidade. Em Portugal, as conclusões do estudo permitem perceber que o automóvel também é tido como “um veículo capaz de valorizar a imagem pessoal”.
Para 85% dos portugueses, o carro é necessário para cumprir tarefas do dia a dia no trajeto escola-trabalho-casa e também para deslocações nas compras, relegando para segundo plano todas outras formas de utilização: “realizar longas viagens, ter momentos de lazer, ir de férias ou simples prazer de condução”.Pandemia e confinamento
Na crise pandémica e com as saídas reduzidas ao estritamente necessário, a utilização do automóvel reduziu-se para metade. Mas, nesta fase aumentou a perceção do caráter utilitário do automóvel: “a nível mundial, apenas um terço dos inquiridos reduziu a sua utilização no âmbito da vida quotidiana, por comparação com 46% em relação a viagens privadas e de lazer e 55% em relação a fins de semana e férias. Em Portugal, fruto de um conjunto de medidas mais rígidas, a utilização do automóvel, no âmbito da vida quotidiana, reduziu para metade”, explica o comunicado do Observador Cetelem.
