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O carro elétrico já compensa? DECO fez as contas

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A organização de defesa do consumidor fez as contas custos de propriedade e utilização das várias tecnologias disponíveis no mercado e concluiu que o carro elétrico já é a opção mais em conta.

Os analistas acreditam que os elétricos estarão no mesmo patamar de preços dos automóveis com motores térmicos em três ou quatro, mas enquanto esse equilíbrio não acontece as contas fazem-se essencialmente aos custos de utilização. Estudo recente da DECO PROTESTE calculou despesas associadas às várias tecnologias de automóveis e concluiu que “comprar um carro elétrico é um bom negócio e, se for em segunda ou terceira mão, compensa ainda mais”.

A organização de defesa do consumidor portuguesa analisou automóveis de três segmentos distintos, para perceber que “os carros elétricos do segmento pequeno e médio comprados hoje em Portugal são a opção mais barata para muitos consumidores e a melhor escolha ao longo da vida do veículo”. De acordo com o estudo, a poupança e a sustentabilidade ambiental também estão garantidas na compra de um carro elétrico.

Revela o estudo da DECO que, “para condutores que andam mais de 25 mil quilómetros por ano e mantêm o carro durante 6 anos, um elétrico do segmento médio permite uma economia, sobre a primeira compra, de 12.600 euros e 6.300 euros, em comparação com um modelo a gasolina e a gasóleo, respetivamente. Mas, nalguns cenários, mesmo para baixas quilometragens anuais (até 5 mil quilómetros), já é possível obter vantagens com a opção pelo carro elétrico”.

A poupança será maior na compra de um elétrico em segunda e terceira mão, com menos desvalorização.

O estudo, realizado entre julho de 2020 e março de 2021, envolvendo as congéneres de Espanha, Bélgica, Itália, França, Alemanha, Chipre, Lituânia e Eslovénia, simulou a compra com base nas tendências de evolução dos custos até 2030. Neste exercício tiveram em conta todos os custos com a utilização e a propriedade de automóveis das várias tecnologias, como o preço dos veículos e a depreciação do mercado; os custos e o consumo de combustível/eletricidade; impostos (IVA, ISV, registo, IUC); e custos de seguro e manutenção. O carro elétrico foi o que apresentou um custo de posse e utilização mais baixo.

Segundo Alexandre Marvão, especialista em Mobilidade da DECO PROTESTE, é necessário “garantir estabilidade fiscal a longo prazo e a redução efetiva do preço dos elétricos, quer pelo aumento da oferta, quer pela redução do custo das baterias e, por consequência, do custo de aquisição”. Para o especialista, “o incentivo também deve passar pela retoma dos subsídios ao abate de veículos em fim de vida que tenham emissões elevadas, quando a troca se faça para aquisição de veículos elétricos (carros, motas ou bicicletas)”.

Para aquela associação, em Portugal os carros 100% elétricos já são a tecnologia mais barata para modelos pequenos e médios. Com apoios e financiamento adequados, os consumidores conseguem poupar desde o primeiro dia. “No caso dos modelos maiores, os elétricos só começam a ser competitivos nesta análise a partir de 2023, com a redução expectável do custo de aquisição e a aproximação aos veículos idênticos de outras tecnologias”, pode ler-se no comunicado.