Sobre a morte de Maradona alguém escreveu que o mundo acabou de perder o mais humano dos deuses. E, como humano, foi um dos mais excêntricos que o futebol conheceu, dentro e fora dos relvados, onde protagonizou histórias memoráveis, como aquela imortalizada nas páginas de vários jornais desportivos, recuando a 1986, quando ‘El Pibe’ era jogador do Nápoles.
Entre os pedidos habituais em craques do seu gabarito, queria conduzir um supercarro dos famosos. Um Ferrari, foi o que pediu a Guillermo Coppola, seu empresário. E, atenção, preto. Teria de ser preto.
A marca do Cavallino Rampante foi de imediato contactada pelos homens de Corrado Ferlaino, presidente do Nápoles, preocupado em satisfazer os desejos recentes do atleta. E a escolha óbvia recaiu então no belíssimo Testarossa, que a Ferrari comercializam apenas… em vermelho. “O carro custava 430 mil dólares. Ofereci o dobro desse dinheiro e mais 130 mil para a pintura”, contou Coppola em declarações à imprensa.
Depois de fintada a questão da cor, o Ferrari preto de Maradona foi finalmente entregue, mas… não foi bem recebido.
Conta o antigo que empresário que o craque não reagiu bem quando percebeu que, tratando-se de desportivo “puro”, dispensava alguns equipamentos considerados supérfluos, como o rádio ou o ar condicionado. E não demorou a dar por encerrado o assunto: “Bem, então podem metê-lo no c*”.De acordo com aquele jornal, El Pibe só muito mais tarde acabaria por repensar e aceitar a oferta, tendo mantido o Ferrari Testarossa preto durante mais uns meses na sua garagem.