Depois dos rumores animadores, a revelação de que as informações em torno de tratamento inovador não passam afinal de «falsas esperanças».

Pouco se sabe sobre o estado físico de Michael Schumacher desde que sofreu um acidente em dezembro de 2013, enquanto esquiava em Méribel, nos Alpes Franceses, com a sua família e amigos mais próximos a optarem sempre pela máxima discrição. Contudo, desde a notícia que que o heptacampeão de Fórmula estaria internado no departamento de cirurgia cardiovascular do Hospital Georges-Pompidou, em Paris, que se sucedem os rumores em torno do boletim clínico do ex-piloto alemão.

As primeiras informações, avançadas pelo ‘Le Parisien’, revelavam que Schumacher estaria em Paris para fazer um revolucionário tratamento com células estaminais, informação a que se juntou, mais tarde, o testemunho animador de uma trabalhadora do referido hospital: «Ele está no meu serviço e posso assegurar que ele está consciente», terá afirmada a profissional de saúde, sob anonimato, ao jornal francês.

Mas enquanto todo o mundo do desporto aguarda por informações que confirmem uma evolução no estado de saúde do ex-piloto alemão, surgem novas declarações… em direção oposta.

Segundo Matilde Leonardi, diretora do Centro de Pesquisa sobre Coma do Instituto Neurológico de Milão, não existe «tratamento experimental com células-estaminais que tenha um efeito positivo para pacientes em estado de consciência mínima, como é o caso de Michael Schumacher. As notícias divulgadas sobre o ex-piloto estão apenas a alimentar falsas esperanças e a iludir as famílias dos pacientes», explicou em entrevista ao ‘Daily Express’.

«Infelizmente, estudos levados a cabo com células-estaminais para doenças que afectam o cérebro e a medula não deram os resultados esperados», lamentou Leonardi.

Já nas páginas do ‘Daily Mirror’, Brendon Noble, professor na Fundação Britânica de Células-Tronco, explicou que o alegado tratamento divulgado dificilmente estará relacionado com as lesões neurológicas sofridas no acidente 2013.