A empresa espanhola Plenoil realizou um inquérito sobre os hábitos de mobilidade e de consumo de energia dos espanhóis e, de acordo com essa análise, metade dos condutores espanhóis (50,3%) não tenciona comprar um veículo elétrico nos próximos anos.
O mais interessante é olhar para as principais razões pelas quais um em cada dois condutores exclui a opção de comprar um automóvel elétrico.
Entre esses motivos, contam-se o preço elevado (para 61,3% dos inquiridos), a escassez de pontos de carregamento (46,6%), o tempo de carregamento (35,7%), o preço da eletricidade (32,6%) e a ideia de que este tipo de carro não é o futuro (27,4%).
Outro fator que desanima muitos automobilistas prende-se com o facto de os subsídios existentes serem pouco aliciantes.Considerando que é possível solicitar uma ajuda financeira para a compra de um veículo elétrico, 50,2% dos espanhóis considerariam solicitá-la, enquanto 26,7% só a solicitariam se esse bónus aproximasse o preço de um veículo elétrico ao de um veículo a gasolina ou a gasóleo. Por outro lado, 23,1% não se candidatariam de todo.
EMBORA SEJAM DE ESPANHA, ESTES DADOS PODEM TAMBÉM FORNECER PISTAS MAIS GERAIS SOBRE O QUE PODERÁ SER FEITO PARA AFASTAR OS FANTASMAS QUE AINDA AMEDRONTAM OS CONDUTORES, INCLUINDO PORTUGUESES.
Quanto à perceção da infraestrutura de carregamento dos veículos elétricos em Espanha, 70% dos inquiridos consideram-na insuficiente (36%) ou totalmente insuficiente (33,8%) para ser o veículo principal, enquanto 15,5% consideram que é suficiente para os meios urbanos, mas não para as viagens de longo curso.
E o transporte individual?
Mais de metade dos espanhóis (55,3%) utiliza principalmente o seu próprio automóvel para se deslocar, sobretudo homens com mais de 25 anos e residentes em cidades pequenas. As principais razões para utilizarem o seu próprio automóvel são a comodidade, o facto de não terem de esperar pelos transportes públicos, a rapidez e a possibilidade de se deslocarem para onde precisam de ir.