Na estrada, o único método 100% eficaz para evitar uma multa é mesmo a redução voluntária da velocidade. Todas as fórmulas alternativas para burlar os controlos por parte das autoridades são proibidos ou ficção.
Desde pulverizar a placa de identificação do carro com spray de cabelo, a colocar adesivos com efeito retrorrefletor que prejudicam o correto funcionamento de radares que usam infravermelhos, passando pela opção mais simplista de dobrar levemente a matrícula para que alguns dos seus números ou letras não possam ser lidos, encontramos de tudo um pouco na Internet. Mas este dispositivo destaca-se por ser especialmente engenhoso.
Basicamente utiliza uma folha de árvore natural com um íman para tapar parcialmente uma letra ou número na placa de matrícula. O condutor pode sempre alegar que não percebeu que trazia uma folha colada ao carro no momento em que foi apanhado no radar e as autoridades ficam impossibilitadas de multar uma vez que não conseguem uma leitura completa da matrícula.
Mais engenhoso ainda: no caso de ser mandado parar, o condutor tem um comando que inverte o magnetismo e liberta a folha na estrada.
Fabrican un imán con forma de hoja para tapar la matrícula y que no te coja un radar
Un mando permite hacer caer la hoja en caso de detención pic.twitter.com/VBl5yr9WNY— SocialDrive (@SocialDrive_es) September 14, 2022
Se resulta? A única certeza para quem utiliza este tipo de truques para fugir aos radares é que está sujeito a contraordenação punível com coima entre os 120 euros e os 600 euros. O proprietário de um veículo que apresenta chapa identificadora fora da norma também está sujeito à não aprovação da viatura numa inspeção periódica obrigatória, conforme o Anexo II do artigo 5º do Decreto-Lei nº 144/2012.
Ou pior: A chapa de matrícula aposta num veículo a motor é, para efeitos penais, um documento com igual força à de um documento autêntico, pelo que a sua alteração dolosa consubstancia a prática de crime de falsificação ou contrafação de documento, previsto no Código Penal, com pena até três anos de prisão.
